As testemunhas apontadas pela defesa do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), prestaram depoimento na quinta-feira (22.mai.2025) no processo que apura a tentativa de golpe de Estado contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
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Na audiência conduzida pelo 1º Tribunal Federal do Supremo Tribunal Federal, os militares ouvidos negaram a participação de Cid em articulações políticas. A estratégia da defesa foi apresentar o coronel como alguém “obediente” e que somente cumpria ordens.
O general Edson Dieh Ripoli, que atuou com Cid, declarou que o coronel “cumprimentava estritamente as missões” que lhe eram designadas e que seu comportamento, na época, não indicava apropriação política.
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Não era um militar politizado, com envolvimento em política. Todas as missões que lhe foram atribuídas foram cumpridas com excelência.
O ex-comandante do Exército, general Júlio Cezar Arruda, também testemunhou e declarou não ter discutido temas políticos com Cid. “Conheço bem o Cid, sua família e sua trajetória militar. Sempre foi respeitoso comigo. Admirei sua atuação como oficial”, afirmou.
O coronel Fernando Linhares Dreus, outro testemunha indicada pela defesa, afirmou que Cid não estaria “vinculado a partido político” ou que tivesse elaborado qualquer “plano de revolta”.
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Testemunhas do “Nível 01”.
A partir da segunda-feira (19 de maio), o STF ouviu 82 testemunhas no processo criminal contra o denominado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado, no qual entre os réus está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na quinta-feira (22.mai), testemunharam as pessoas apontadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Dentre elas:
O general Flávio Alvarenga Filho não compareceu e foi liberado pela defesa como testemunha.
Códigos de diagnóstico.
Cid prestou o primeiro depoimento no processo de delação premiada à Polícia Federal em agosto de 2023.
Em 21 de novembro de 2024, um ex-ajudante de ordens forneceu um novo depoimento devido a “inconsistências” entre suas declarações e as investigações da Polícia Federal sobre um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. O novo conteúdo, inclusive, fundamentou a prisão do general Walter Braga Netto, que exerceu o cargo de ministro da Defesa e concorreu a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
A Polícia Federal informou que um dos primeiros indícios de que Moraes estava sendo monitorado após as eleições de 2022 foram encontrados nos dados do celular de Mauro Cid.
A cooperação e os documentos obtidos com o ex-ajudante de ordens alimentaram novas investigações contra Bolsonaro.
Fonte: Poder 360