A defesa da Câmara afirma não ter infringido as medidas cautelares e solicita sua revogação
Marcelo Câmara foi preso na quarta-feira passada (18) sob suspeita de dificultar a apuração dos fatos envolvendo uma tentativa de golpe de Estado.

Os advogados de Marcelo Câmara, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado, solicitaram, nesta segunda-feira (23), que sua prisão seja revogada.
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A Câmara foi afastada na última quarta-feira (18). Na decisão, o ministro Alexandre Moraes, relator do processo na Suprema Corte, também determinou a abertura de um inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, que informou ter conversado com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), sobre o seu acordo de delação.
A prisão de Câmara foi determinada, conforme Moraes, devido ao descumprimento de medidas cautelares, com risco à ordem pública e a necessidade de aplicação da lei. O réu estava proibido de utilizar as redes sociais e de ter contato com outros investigados.
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A defesa alega que não existem nos documentos mencionados elementos que justifiquem de forma concreta a decretação da prisão preventiva contra Câmara.
Os advogados sustentam que os contatos entre os representantes da Câmara e Mauro Cid se produziram antes da determinação das cautelares de Moraes. Luiz Eduardo Kuntz ainda ressalta na petição que o contato com Cid só foi realizado por iniciativa própria do delator.
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A defesa ressalta que não existiam restrições relacionadas à incomunicabilidade das partes, não se pode falar em descumprimento de qualquer medida imposta por esta relatoria do agravante.
Os advogados solicitam a revogação da prisão de Marcelo Câmara e, na eventualidade de não ser aceita pelo ministro relator, requerem que a análise do pedido seja encaminhada ao colegiado da Primeira Turma.
Fonte por: CNN Brasil