A defesa de Jair Bolsonaro solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que se manifeste sobre o perfil de Mauro Cid antes da apresentação das alegações finais

Advogados indicam que a conta em rede social teria sido utilizada por Cid para questionar sua própria delação premiada; o uso do perfil pode comprometer…

30/06/2025 19h37

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(Imagem de reprodução da internet).

Defesa de Bolsonaro solicita manifestação da PGR sobre perfil no Instagram

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou, nesta segunda-feira (30), um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste antes do prazo final das alegações no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. O motivo é a existência de um perfil no Instagram, atribuído ao tenente-coronel Mauro Cid, que supostamente teria sido utilizado para se comunicar clandestinamente sobre sua delação premiada.

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O perfil em questão, identificado como @gabrielar702, seria da esposa de Cid, Gabriela Cid. No entanto, informações fornecidas por empresas como Meta e Google indicam que o endereço de e-mail vinculado à conta – [email protected] – foi criado em 3 de janeiro de 2005, utilizando a mesma data de nascimento do militar: 17 de maio de 1979. A conta no Instagram teria sido criada em 19 de janeiro de 2024, meses após a homologação da colaboração premiada de Cid.

Segundo o advogado Celso Sanchez Vilardi, que defende Bolsonaro, os dados indicam que Mauro Cid seria o responsável pela criação e operação do perfil. Caso essa suspeita seja confirmada, o uso indevido da conta poderia comprometer os benefícios obtidos com o acordo de delação, já que Cid está judicialmente proibido de utilizar redes sociais.

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Vilardi defende que é essencial incluir nos autos os documentos produzidos simultaneamente, uma vez que estão relacionados diretamente aos fatos apurados. Ele solicitou formalmente a juntada dessas informações e a notificação da PGR para que se manifeste antes da apresentação das alegações finais.

A movimentação acontece enquanto o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, estabeleceu prazo de 15 dias para que a PGR apresente seu parecer. A Procuradoria poderá pedir a condenação ou absolvição dos sete réus do chamado núcleo 1, o grupo considerado central na suposta articulação do golpe. Entre eles estão Bolsonaro e o próprio Cid. Outro réu no processo, o ex-assessor Marcelo Câmara, também apresentou ao STF prints e áudios que teriam sido trocados com Cid por meio do perfil investigado.

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Em mensagens, Cid questionaria seus próprios depoimentos prestados à Justiça. A defesa do militar nega veementemente o uso da conta e afirma que ele não tem conhecimento da sua existência, embora reconheça a semelhança entre o nome do perfil e o de sua esposa. O caso adiciona mais um elemento de tensão em um processo que se aproxima de momentos decisivos, com possível impacto nas defesas e nas estratégias jurídicas dos principais acusados.

Fonte por: Jovem Pan

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