A detenção de Collor é um sinal direto da Justiça para Bolsonaro

A queda dos Manés

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(Imagem de reprodução da internet).

Eu descrevi Fernando Collor de Melo como “falso brilhante” em um artigo publicado no Jornal do Brasil em maio de 1989, durante sua campanha à presidência da República.

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Apos pouco tempo de Collor, o jornal me dispensou, as portas do jornalismo se fecharam e eu trabalhei numa agência de publicidade.

FHC governou o Brasil por dois anos, oito meses e 18 dias. Acusado de corrupção, o Senado cassou seu mandato. A Suprema Corte o julgou inocente, por ausência de provas.

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E Collor retornou à política, sendo eleito duas vezes senador. O antigo adversário de Lula em 1989 tornou-se seu apoiador. Os dois posaram juntos para fotografias. A política é um teatro.

O general e antigo presidente francês, Charles De Gaulle, estava correto ao afirmar: “Nenhum político acredita no que diz, e fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.”

Há vinte anos, faleceu João Paulo II, o papa polonês. Lula, então presidente, embarcou para Roma acompanhando Josué Sarney (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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Não foi convidado Collor. Em Roma, integrou-se a comitiva o ex-presidente Itamar Franco, embaixador do Brasil na Itália. Crítico de Lula, Fernando Henrique elogiou seu gesto.

Isso demonstra que no Brasil estamos atuando com política de maneira civilizada e ponderada. É possível ter discordâncias, porém há interesse no desenvolvimento do Brasil e na geração de riqueza a ser compartilhada.

Lula viajou na noite de ontem para Roma, onde prestará homenagem ao papa argentino. Anteriormente, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a prisão de Collor, condenado por corrupção.

O indivíduo, que se apresentou como falso brilhante, garantiu sua rendição para obter oito anos e dez meses de prisão por receber R$ 20 milhões para facilitar contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia.

Collor, outrora brilhante, tornou-se falso. Não ocupa cargo público desde o ano passado, após encerrar seu mandato como senador. Suas empresas quebraram. A prisão o espera.

Bolsonaro, cuide-se. Cuide-se fisicamente para evitar ser condenado por tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e danos ao patrimônio público.

Cuide-se mentalmente para lidar com a prisão ou o exílio. É mais um plano destinado a perder.

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Fonte: Metrópoles

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