A eleição interna do PT será por meio de cédulas de papel

Tribunal Superior Eleitoral indeina pedido de fornecimento de urnas eletrônicas.

22/05/2025 11h29

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(Imagem de reprodução da internet).

Após semanas de negociações infrutíferas para conseguir o empréstimo de urnas eletrônicas, o PT decidiu que sua eleição interna, prevista para 6 de julho, ocorrerá com células de papel. A decisão foi tomada em reunião da Executiva Nacional nesta quarta-feira, diante da dificuldade de liberação dos equipamentos por parte dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

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A implementação de um sistema virtual para que a votação pudesse ocorrer por meio de computador ou celular também foi considerada inviável, devido à falta de tempo hábil para a sua conclusão antes das eleições. Adicionalmente, persistia uma preocupação com a baixa qualidade da internet e com o acesso à tecnologia em municípios menores e localizados em regiões mais remotas.

A Procuradoria-Geral da República afirma que a corte está atenta às críticas que podem surgir, sobretudo do bolsonarismo, que frequentemente questiona a confiabilidade das urnas eletrônicas. A avaliação, contudo, é que o partido ficou sem opções. Teve um pedido formal para que a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia, intervisse, mas não houve progresso.

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De 27 TREs distribuídos pelo país, apenas 16 permitiram a doação de urnas eletrônicas. Os demais não autorizaram ou dificultaram o processo de empréstimo. O presidente interino da sigla, senador Humberto Costa (PE), buscou sensibilizar Carmen de que a abrangência dos TREs auxiliaria a acelerar uma votação que envolve mais de 1,3 milhão de filiados.

A avaliação de pessoas próximas à ministra indicou que ela considerou o pedido, porém, demonstrou cautela em razão da novidade do caso – tratou-se do primeiro pedido de empréstimo de urnas por parte de um partido político.

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No TSE, havia apreensão de que a disponibilização dos equipamentos para o PT poderia criar espaço para questionamentos sobre fraude, o que seria perigoso no ano que antecede as eleições gerais de 2026. É frequente o uso de urnas em situações que não são eleições. Em 2024, por exemplo, o TRE do Rio de Janeiro permitiu os dispositivos para a eleição da presidência do Flamengo.

Fonte: CNN Brasil

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