Os Médicos Sem Fronteiras afirmam ter perdido contato com o seu pessoal dentro do maior centro de saúde da Faixa de Gaza, o Hospital al-Shifa, em meio a relatos de “bombardeios pesados” nas proximidades do complexo.
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“Nas últimas horas, os ataques contra o Hospital al-Shifa intensificaram-se dramaticamente. A equipe [dos Médicos Sem Fronteiras] do hospital relatou uma situação catastrófica lá dentro”, disse o grupo humanitário em uma postagem no X, antigo Twitter, às 3h43 (horário de Gaza), na sexta-feira (10).
O grupo disse estar extremamente preocupado com a segurança dos funcionários e pacientes do Hospital al-Shifa, alguns dos quais estavam em estado crítico e incapazes de se mover ou evacuar.
Um paciente precisa de cirurgia. Ele já está dormindo em nosso departamento. Não podemos deixá-los lá dentro sem ajuda. Como médico, juro ajudar as pessoas que precisam. Essa foi a declaração do cirurgião do hospital, Mohammed Obeid.
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As comunicações em Gaza têm tido problemas desde o início da campanha militar de Israel no último mês. Isso ocorre principalmente por falta de energia ou interrupções na rede.
Ataques ferem hospitais
Houve relatos de ataques israelenses perto do Hospital al-Shifa, com funcionários do hospital e o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas em Ramallah, publicando vídeos que parecem mostrar pesados bombardeios na área em redor do complexo.
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Um representante da OMS disse na sexta-feira que o hospital al-Shifa estava sendo bombardeado e que 20 hospitais na Faixa de Gaza não estavam funcionando.
Questionada sobre um potencial ataque aéreo israelense ao hospital al-Shifa na sexta-feira, a porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse num briefing: “Não tenho detalhes sobre al-Shifa, mas sabemos que estão sendo bombardeados”.
Os militares de Israel disseram que um “projétil que não funcionou corretamente, lançado por grupos terroristas dentro da Faixa de Gaza” foi o responsável por um ataque ocorrido anteriormente ao hospital.
A notícia chega uma semana depois de Israel ter atacado uma ambulância fora do hospital, matando pelo menos 15 pessoas e ferindo outras 50. As autoridades israelenses disseram que o veículo estava sendo usado pelo Hamas.
Israel acusa o Hamas de se inserir na infraestrutura civil e disse que atacará o grupo radical islâmico “sempre que necessário”.