A FAB luta na batalha de combate aéreo contra voos ilegais, registrando uma intercepção de aproximadamente 4.000 aviões
15/04/2025 às 10h17

Criminosos que tentam desafiar o Controle Aéreo Brasileiro enfrentam um sistema de vigilância contínua e altamente preparado. Desde 9 de abril de 1982, quando houve a primeira interceptação após invasão de uma aeronave estrangeira, o Controle Aéreo Brasileiro tem melhorando suas técnicas e reforçando o controle do espaço aéreo. Entre os anos 2019 e 2024, mais de 4 mil aeronaves foram interceptadas, com 207 apenas em 2024 – número que segue uma tendência de queda. Embora atua com rigor, o Controle Aéreo Brasileiro não divulga dados detalhados sobre as aeronaves abatidas.
13/4: Narcotraficantes bolivianos que saíram do Peru num bimotor carregado com skunk foram observados pela FAB. A aeronave foi abatida e os criminosos presos, sendo levados em estado grave ao Hospital Regional de Alta Floresta (MT).
Essa interceptação é somente outra de várias já executadas pelas equipes. As ações marcantes foram destacadas pela coluna, incluindo vôos ilegais e atividades criminosas.
Lembra-se
Em fevereiro deste ano, uma aeronave carregada com drogas foi classificada como hostil e submetida ao Tiro de Detenção (TDE), que consiste em disparar tiros para impedir o voo continuado. A aeronave vinha da Venezuela e entrou clandestinamente no espaço aeriano brasileiro.
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500 kg de drogas foram impedidas de entrar no país após uma interceptação bem-sucedida pela FAB. A aeronave foi capturada no Amazonas, proveniente do Peru, carregando maconha e haxixe. Após ser ordenado o pouso obrigatório, um pouso forçado foi feito em uma pista de terra, aproximadamente 80 quilômetros de Manaus (AM), colidindo com algumas árvores. Depois da aterrissagem, os pilotos incendiaram a aeronave e fugiram do local.
240 quilogramas de drogas foram encontrados em um helicóptero interceptado no mês de setembro do ano passado. Em julho de 2023, uma aeronave modelo Beechcraft Baron 58 proveniente do Paraguai foi intecercetada perto de Gavião Peixoto (SP). O avião transportava mais de 500 quilogramas de cloridrato de cocaína.
A investigação é coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), da Força Aérea Brasileira, juntamente com a Polícia Federal e outros órgãos de segurança. O objetivo destas operações é identificar voos irregulares que possam estar relacionados a atividades criminosas como o tráfico de drogas. A Força Aérea Brasileira acredita que após a operação, as entradas ilícitas na fronteira do país podem diminuir em até 80%.
Procedimentos para compreender
Para assegurar a segurança do espaço aeriano, a Força Aérea possui o apoio legal para abater aviões inimigos ou suspeitos de tráfico ilegal de drogas. A Lei da Destruição regulamenta no Brasil a autorização para destruir aeronaves que invadem indiscretamente o espaço aeriano brasileiro. O normativo foi instituído pela Lei nº 9.614, em julho de 2004, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Se um piloto adversário recusar-se a seguir as ordens da defesa aérea, é iniciado uma série de procedimentos que poderia levar ao abate do avião. Isso pode ser fatal para quem está dentro do veículo.
A captura de um avião não identificado ou suspeito dentro da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) segue uma rotina rigorosa. O controle do tráfego aéreo, civil ou militar, tenta entrar em contato com o avião para determinar sua identidade e intenções. Se não houver resposta ou se a resposta for considerada insatisfatória, são enviados caças interceptadores para visualmente identificá-lo.
Caso uma aeronave não responder às tentativas de comunicação e continuar comportando-se suspeitosa, o próximo passo é disparar um aviso. Esse tiro serve como medida dissuasiva para mostrar que a aeronave precisa obedecer as ordens emitidas. O tiro é gravado e analisado para garantir transparência e conformidade com as leis vigentes.
Nesses últimos anos, a Força Aérea Brasileira (FAB), através do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), tem aumentado as operações de inteligência e vigilância espacial do ar brasileiro, com operações 24 horas por dia. Por meio da continua utilização de radares, satélites e aeronaves especializadas, a FAB atuou em modo agressivo para impedir tráfegos aéreos ilícitos e garantir a segurança do território brasileiro.
Em maio do ano anterior, um levantamento da Global Fire Power indicou que o estoque da FAB (Força Aérea Brasileira) é composto por 195 helicópteros, além de 46 aeronaves de combate. Além disso, possui uma variedade de outras aeronaves como aviões de treinamento e ataque.
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As operações são complexas e exigem muito dos profissionais. Além do piloto de caça, uma grande equipe de apoio é mantida em alerta. Aqueles que executam este serviço permanecem durante todo o plantão no esquadrão. São eles: mecânico da aeronave, mecânico de armamento e auxiliar do mecânico. O grupo trabalha literalmente contra o tempo para garantir uma decolagem o mais rápida possível.
Todos têm responsabilidades clarificadas. Aos mecânicos cabe manter o avião pronto para a operação, facilitando a partida dos motores e a ativação do sistema de armamento em tempo recorde, permitindo uma decolagem imediata e segura.
Fonte: Metrópoles