A família Maluf e suas empresas devolverão R$ 210 milhões

Ex-prefeito de São Paulo, atualmente com 93 anos, é acusado de ter desviado mais de US$ 300 milhões na execução de obras.

30/07/2025 4h24

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(Imagem de reprodução da internet).

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital e a Procuradoria Geral do Município de São Paulo assinaram, na terça-feira (29.jul.2025), um acordo com a família de Paulo Maluf para assegurar a restituição de R$ 210 milhões aos cofres públicos municipais.

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O documento, um ACPN (Acordo de Não Persecução Civil), está relacionado aos desvios de recursos financeiros praticados durante o período em que Maluf ocupava o cargo de prefeito na capital paulista, entre 1993 e 1998.

O acordo foi firmado após as investigações e ações civis conduzidas pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) acerca do caso.

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Paulo Maluf, atualmente com 93 anos, e as empresas relacionadas são acusadas de desviar mais de 300 milhões de dólares durante a execução de obras públicas na capital paulista, incluindo as construções do túnel Ayrton Senna e da avenida Água Espraiada (atualmente avenida Jornalista Roberto Marinho).

Investigações revelaram esquemas de superfaturamento e pagamento de propinas em obras municipais.

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A aquisição foi realizada por quatro filhos do ex-prefeito, uma ex-nora, um ex-genro, uma empresa offshore uruguaia e um banco brasileiro que comprou ações da Eucatex, empresa da família. As ações civis propostas pela Promotoria de Justiça seguem em andamento contra Paulo Maluf, sua esposa e empresas envolvidas no esquema.

O promotor Silvio Marques comunicou que o montante recuperado até o momento em favor da prefeitura de São Paulo, por meio de acordos da Promotoria de Justiça e da Procuradoria Geral do Município, totaliza cerca de US$ 160 milhões, o que se traduz em R$ 819 milhões pela cotação atual.

Fora do cenário político, Paulo Maluf foi julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e condenado a sete anos e nove meses de prisão em ação penal proposta pelo MPF (Ministério Público Federal) em 2017. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal o condenou novamente a dois anos e nove meses por falsidade ideológica.

Continua em vigor uma ordem de prisão emitida em 2007 pela Promotoria de Nova York contra o ex-prefeito e um de seus filhos, referente à lavagem de dinheiro proveniente do desvio de recursos da Prefeitura de São Paulo.

Na França, Paulo Maluf e sua esposa foram acusados e condenados a três anos de prisão e multa pelo Ministério Público de Paris.

Fonte por: Poder 360

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