Política

A Fazenda percebe a economia em risco após o PT criticar o centrão e a austeridade fiscal


A Fazenda percebe a economia em risco após o PT criticar o centrão e a austeridade fiscal
(Foto Reprodução da Internet)

A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está preocupada com possíveis obstáculos que a agenda econômica pode enfrentar no Congresso devido às críticas do PT ao centrão e à política fiscal de austeridade.

Parlamentares, que preferiram não se identificar, informaram que as declarações recentes não ajudam no debate de propostas importantes para as finanças do país.

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Esta é uma semana decisiva para a pauta de Haddad no Legislativo. A poucos dias do início do recesso parlamentar, que começa no dia 22, a Fazenda trabalha para aprovar medidas que têm o potencial de elevar a receita em até R$ 47 bilhões — montante tido como fundamental para alcançar o déficit zero em 2024.

Na segunda-feira de manhã, o presidente Lula convocou uma reunião para discutir assuntos econômicos.

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Além de Haddad, participaram os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além dos líderes do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA); na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Em oposição a Haddad, membros importantes do PT, como a presidente do partido, Gleisi Hoffman, e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães, defenderam o aumento dos gastos do governo para o próximo ano. Essas declarações foram feitas durante a conferência do partido sobre as eleições municipais, no fim de semana.

Durante o evento, a presidente do PT afirmou que se a popularidade de Lula cair, “esse Congresso engole a gente”.

Resolução e críticas

Na sexta-feira (8), o PT aprovou o texto-base de uma resolução política em que diz ser necessário “se libertar” do que chamou de “austerício fiscal”, sem mencionar diretamente a meta de zerar o rombo das contas públicas no próximo ano.

O documento também critica o centrão, alegando que o grupo de partidos que apoiam o presidente Lula e que têm ministros no governo está sendo fortalecido pela norma do orçamento impositivo em um regime presidencialista, o que lhes confere uma influência exagerada sobre os poderes Legislativo e Executivo, atrasando e constrangendo a agenda política vencedora da eleição presidencial.


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