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A federação afirma que hotéis, bares e restaurantes registraram R$ 500 milhões em perdas após um apagão


A federação afirma que hotéis, bares e restaurantes registraram R$ 500 milhões em perdas após um apagão
(Foto Reprodução da Internet)

O corte de energia que aconteceu em São Paulo na última sexta-feira (3) causou um prejuízo de R$ 500 milhões para hotéis, bares e restaurantes até a noite de segunda-feira (6).

O dado é da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), que representa 250 mil empresas das categorias. Dos estabelecimentos representados, metade está na capital e região metropolitana e 11% deles foram efetivamente afetados pela falta de energia elétrica — ou seja, cerca de 14 mil empresas.

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“Nós temos que considerar que nossos setores trabalham com perecíveis, inclusive o setor de hotelaria. Diárias não vendidas não voltam. Precisamos levar em consideração também o feriado, que é um período que bares, restaurantes e similares trabalham com estoques grandes de alimentos. O prejuízo, da ordem de R$ 500 milhões, vem de diárias não vendidas, alimentos descartadas e lucro cessante, que é o faturamento que deixou de entrar para as empresas”, explica o diretor executivo da Fhoresp, Edson Pinto.

Em virtude do valor perdido, a Fhoresp está enviando cartas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e aos prefeitos das cidades afetadas, solicitando uma prorrogação no prazo para pagamento de impostos, como o ICMS e o ISS, para as empresas prejudicadas.

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A medida não tem o objetivo de diminuir impostos, mas sim adiar o pagamento das cobranças por pelo menos um ano.

“Estamos adotando essa medida devido a uma nova crise séria que os setores estão enfrentando, em um momento em que estávamos nos recuperando da pandemia. Esses setores foram os mais afetados durante esse período. Não se trata de renúncia fiscal, por isso não há dificuldade em passar pelos processos legislativos. As secretarias da Fazenda estadual e municipal podem tomar essa medida, pois é uma ação do poder Executivo”, explicou Pinto.

A Fhoresp recomenda que as empresas associadas que tiveram prejuízos procurem seus sindicatos para obter ajuda em processos de reembolso judicial.

Acreditamos que a concessionária Enel é responsável e deve ser contatada para pedir o reembolso. Estamos prontos para tomar medidas legais não apenas sobre os produtos danificados, mas também sobre a perda de lucros.

A Enel Distribuição São Paulo afirmou que vai entrar em contato com a Fhoresp para explicar sobre o temporal incomum que ocorreu no dia 3 de novembro, causando danos graves na rede de distribuição.

A empresa informa que, de acordo com a Resolução 1000/2021 da ANEEL, ela seguirá todos os procedimentos determinados para ressarcir danos causados a aparelhos elétricos.

A distribuidora diz que, segundo a resolução, o cliente pode fazer sua solicitação pelo aplicativo, site, Central de Relacionamento ou em uma loja da Enel. O prazo máximo para solicitar é de até 5 anos após a data provável do dano elétrico no equipamento.

A empresa disse que o cliente pode realizar o contato nos canais de atendimento da empresa.

Sobre a falta de luz que atinge a cidade desde a última sexta (4), a Enel disse, nesta terça, que restabeleceu a energia “para mais de 90% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval”. “Até o momento, cerca de 1,9 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de 2,1 milhões afetados na tempestade.”


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