A Federação Paulista investiga denúncias de comportamentos machistas no Campeonato Estadual Feminino

Atletas do Bragantino e do São Paulo manifestaram insatisfação com a atuação do árbitro.

18/05/2025 11h17

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A Federação Paulista de Futebol (FPF) apura denúncias da zagueira Stella, do Red Bull Bragantino, e da meio-campista Aline Milene, do São Paulo, sobre o árbitro Juliano José Alves Rodrigues ter proferido comentários sexistas no jogo entre as equipes pela segunda rodada do Campeonato Paulista Feminino de futebol.

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Na fase final, aos 20 minutos, a advogada do Braga levantou os braços e os cruzou, seguindo o procedimento para relatar casos de discriminação em jogo, porém a reclamação não foi atendida.

As jogadoras se pronunciaram após a partida, ocorrida na última quinta-feira, 15, no Estádio Municipal Prefeito Gabriel Marques da Silva, em Santana do Parnaíba (SP). O São Paulo obteve vitória por 3 a 0. Stella e Aline prestaram entrevista em conjunto à TNT Sports, emissora responsável pela transmissão do Paulistão Feminino.

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Ele [Árbitro] virou para mim e disse: “na hora certa, vou te pegar”. Não é questão de que estávamos perdendo. Todo mundo ouviu falas preconceituosas, machistas, com o Red Bull Bragantino e com as jogadoras do São Paulo. Fiz o sinal. A Federação adotou o protocolo de, em qualquer momento, de algum preconceito, fazer o sinal. Nada aconteceu. Uma situação muito triste, relatou Stella.

Quando os homens fazem barulho, acreditam que podem falar como quiserem. É preciso ter respeito. Eu passei a mesma coisa, ele disse que ia dar falta quando quisesse. Não é assim, tem que ter respeito. Quando a Stella faz o gesto, falei para [o árbitro] parar.

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Investigação

A Federação Paulista de Futebol declarou que conduzirá uma análise minuciosa dos acontecimentos e que “o futebol paulista é e deve ser um ambiente seguro, inclusivo e respeitoso para todos os envolvidos”. Os clubes manifestaram apoio às jogadoras.

O São Paulo declarou: “Com a coragem e a força de mulheres que trabalham diariamente para conquistar espaço, reafirmamos que não toleramos conviver com machismo e ofensas no futebol feminino”.

A súmula da partida não faz menção a ocorrências consideradas “anormais” durante os 90 minutos, seja no espaço destinado a “observações eventuais” do árbitro ou ao relato dos assistentes. Dos seis cartões amarelos aplicados (um deles à Aline Milene, por falta mais pesada), apenas dois tiveram motivação disciplinar: uma troca de empurrões entre a lateral Carol Tavares, do Braga, e a atacante Isa, do São Paulo, no fim do confronto.

Fonte: Carta Capital

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