A Fepal denuncia: “Hoje Gaza é um campo de extermínio administrado por Israel”

Presidente acusa progresso de plano de controle absoluto sobre Gaza e aumento da violência genocida.

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(Imagem de reprodução da internet).

Diante do avanço do plano israelense de controle total sobre Gaza, o presidente da Federação Palestina Árabe do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, adverte sobre a gravidade da situação no território palestino. Em entrevista à Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, ele declara que “a totalidade do procedimento adotado até o momento foi de destruição integral do território para torná-lo invivível”.

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Rabah afirma que o cenário atual representa uma “fase de administrar a fome”, caracterizada pelo impedimento da assistência humanitária para manter a população palestina em condições de extremo sofrimento.

Israel assume a responsabilidade pela assistência humanitária, da mesma forma que os nazistas assumiram a responsabilidade pela “ajuda humanitária” nos campos de concentração, ou seja, o proprietário do campo de concentração. Atualmente, Gaza, mais do que nunca, é exatamente um campo de concentração e, como tal, necessariamente um campo de extermínio, administrado por Israel.

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O dirigente também destaca o caráter continuado da ocupação militar desde 1967, ressaltando que “a ideia de que Israel desocupou a Faixa de Gaza foi uma lenda inventada a partir de 2005”. A diferença atual, segundo ele, é o agravamento do genocídio, com aumento acelerado do número de mortes. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 61 mil palestinos foram mortos pelas forças israelenses desde outubro de 2023.

Quanto aos cidadãos israelenses sequestrados pelo Hamas, utilizados por Israel como justificativa para suas operações militares, Ualid Rabah retruca que “Israel nunca esteve preocupada com essa ideia de ‘reféns’”. Ele lembra que uma trégua para a libertação dos israelenses cativos foi interrompida por Israel em novembro de 2023, demonstrando que o controle militar e a destruição de Gaza sempre estiveram no centro do plano do governo israelense.

Israel depende, hoje, do apoio crítico, vergonhoso dos Estados Unidos. Do veto dos Estados Unidos e do armamento dos Estados Unidos, critica o presidente da Fepal, ao comentar as reações internacionais ao genocídio. Ele menciona ainda que países como a Alemanha já começaram a cancelar o envio de armas a Israel, mas enfatiza que “Israel não precisa mais de armamento para administrar a fome e a matança em Gaza”.

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Para audir e visualizar.

O jornal Conexão BdF transmite em duas edições, de segunda a sexta-feira: a primeira às 9h e a segunda às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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