A França implementa o material didático “Adolescência”
A produção britânica da Netflix será exibida em escolas para conscientizar sobre violência online.
A ministra da Educação da França, Elisabeth Borne, anunciou que a série britânica “Adolescência” será utilizada como material didático nas escolas de ensino médio do país. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9.jun.2025) durante entrevista à LCI (Le Chaîne Info).
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A produção examina como conteúdos masculinistas nas redes sociais afetam negativamente os adolescentes. Segundo Borne, o produtor da série autorizou o uso educacional do conteúdo.
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A decisão francesa segue uma iniciativa semelhante implementada pelo Reino Unido no final de março deste ano. As autoridades britânicas introduziram a exibição da série para estimular debates e “evitar que os jovens sejam arrastados para uma espiral de ódio e misoginia”.
O adolescente britânico de 13 anos, Jamie, é detido em uma pequena cidade inglesa após ser acusado de matar uma colega com faca. A história acompanha desde os interrogatórios policiais até as sessões com um psicóexplorando a possível influência de ideologias masculinistas no comportamento do protagonista.
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O Ministério da Educação francês implementará “cinco sessões pedagógicas aos jovens baseadas nesta série” para estudantes do ensino médio. Os trechos selecionados são os mesmos já utilizados no sistema educacional britânico.
A ministra ressalta que os grupos selecionados são bastante representativos da violência que pode ocorrer entre os jovens. Borne explica que a ação visa alertar os estudantes sobre os riscos da superexposição às telas e da banalização da violência nas redes sociais.
O programa educacional também trata da propagação de teorias masculinistas, consideradas discursos misóginos que incitam a violência contra mulheres. A série funciona como um ponto de partida para debates sobre a influência desses conteúdos no comportamento dos adolescentes.
O ministério não informou quando as sessões começarão a ser implementadas nas escolas francesas ou se haverá capacitação específica para os educadores responsáveis pelas discussões.
Fonte por: Poder 360