A GOL registrou queda de 63,7% no lucro, que atingirá R$ 1,37 bi no primeiro trimestre de 2025
A Gol registrou aumento na receita e na abrangência da sua malha de voos, porém, lidou com o crescimento dos custos e um endividamento elevado nos primeiros três meses do ano.

A GOL Linhas Aéreas obteve lucro líquido de R$ 1,37 bilhão no 1º trimestre de 2025, com queda de 63,7% em comparação com o mesmo período de 2024.
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Apesar da queda no resultado, a receita líquida aumentou 19,4% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 5,62 bilhões nos primeiros três meses do ano. A empresa está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde janeiro.
O EBITDA ajustado atingiu R$ 1,53 bilhão, representando um aumento de 17,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. A margem EBITDA recorente foi de 27,3%, com uma leve redução de 0,5 ponto percentual. O EBITDA total somou R$ 1,23 bilhão, praticamente estável (-0,2%) em relação ao mesmo período do ano anterior.
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Operações em alta.
A Gol expandiu sua malha aérea no período.
A receita proveniente do transporte de passageiros alcançou R$ 4,5 bilhões, representando um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Diversas outras áreas da empresa também apresentaram crescimento.
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O programa de fidelidade Smiles gerou receita de R$ 1,4 milhão, representando um avanço de 12,4% no ano. A Gollog, divisão de logística da companhia, movimentou R$ 346 milhões entre janeiro e março, com um crescimento de 17% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Aumento nos custos e restrição de caixa.
As despesas operacionais da empresa aumentaram 24,9% no período, totalizando R$ 4,77 bilhões.
A empresa utilizou R$ 433 milhões em dinheiro à vista no período. Em 31 de março, o saldo de caixa e equivalentes totalizava R$ 1,6 bilhão.
A vida aumentou mais de 40%.
A dívida líquida da Gol atingiu R$ 31,1 bilhões no final do 1º trimestre, com aumento de 43,7% em relação ao ano anterior. O índice de endividamento (razão entre dívida e EBITDA) elevou-se de 4,2 para 5,8 vezes.
Recuperação Judicial
Na última sexta-feira (9 de maio), a empresa comunicou que seu Conselho de Administração aprovou uma proposta de aumento de capital de R$ 5,34 bilhões para R$ 19,25 bilhões. A operação será submetida à assembleia de acionistas, agendada para 30 de maio, e faz parte do plano de reestruturação financeira.
Em 8 de maio, informou ter celebrado um acordo com a gestora Whitebox Advisors, buscando suporte ao seu plano de reestruturação financeira. A empresa almeja concluir o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos até junho.
Fonte: Poder 360