Profissionais técnicos-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) mantêm-se em greve. Na última segunda-feira (20), a paralisação atingiu o quarto mês. A reivindicação principal é a cobrança ao governo para que seja honrado o percentual de 26,05% de reajuste salarial estabelecido em acordo de greve de 2023.

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) buscou incorporar progressivamente a parcela nos próximos aumentos salariais, mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que atende aos servidores.

O índice de referência padrão (IRP) foi incluído nos salários dos servidores técnico-administrativos em 1989 para compensar perdas inflacionárias e, a partir daí, gerou litígios judiciais.

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A Associação dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) relata que uma proposta de suspensão da greve foi apresentada em assembleia realizada no início deste mês. Contudo, a categoria decidiu, por unanimidade, manter a paralisação.

É inaceitável que qualquer trabalhador ou trabalhadora perca um índice que pode chegar a 1/4 do seu salário. Por isso, a greve continua, com o Sintfub atuando em todas as frentes políticas e institucionais para buscar uma saída que garanta segurança jurídica, segurança alimentar e respeito aos direitos da categoria.

A categoria realizará nova assembleia na manhã desta quarta-feira (23), na Praça Chico Mendes, situada no campus UnB Darcy Ribeiro, para informar os trabalhadores sobre o cenário atual. Está programada para quinta-feira (24) uma reunião com a Procuradoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União (AGU) para estabelecer uma nova mesa de negociações.

Negociações

Com o apoio da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal, o Sintfub obteve suporte da organização sindical em âmbito nacional. A CUT atuou diretamente para estabelecer o diálogo com a AGU. Os esforços buscaram construir uma mesa de negociação com a participação dos órgãos envolvidos e da entidade representativa da categoria.

A entidade sindical declarou que está buscando todas as alternativas para resolver as divergências e assegurar a manutenção e o pagamento completo da URP. A categoria indicou que permanecerá em estado de mobilização.

Registramos que o Sintfub tem compromisso com os servidores técnico-administrativos da UnB, com a universidade pública, com os interesses nacionais, e não abrimos mão dos nossos direitos, que é, em meio à toda essa crise, uma oportunidade de o governo se posicionar ao lado dos trabalhadores.

Fonte por: Brasil de Fato