A gripe aviária no Brasil já era prevista

O coordenador do centro Insper Agro Global ressaltou a capacidade dos sistemas agrícolas nacionais e a importância do zoneamento para controlar a doença.

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(Imagem de reprodução da internet).

A gripe aviária, doença que já afetou vários países ao redor do mundo, chegou ao Brasil, impactando a exportação de carne de frango. Contudo, o país mantém uma perspectiva otimista para as exportações do agronegócio em 2025, conforme o professor e coordenador do Centro Insper Agro Global, Marcos Jank.

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Segundo Jank, o Brasil vinha se preparando para lidar com a situação desde o ano 2000, com o primeiro caso em animais silvestres registrado há dois anos. “Essa questão da gripe aviária já estava prevista. A gripe aviária já havia estado presente na Ásia, na África, na Europa e na América do Norte, e já havia chegado nos nossos vizinhos por meio de aves migratórias, que é a forma como a doença se espalha pelo mundo”.

As ações implementadas foram adequadas e precisaremos lidar com a situação buscando extinguir o problema por meio do zoneamento. Contudo, existem protocolos distintos de diversos países, como China e a União Europeia, que suspenderam integralmente a importação de frango do Brasil, alerta.

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Para reduzir os efeitos econômicos, Jank propõe que o Brasil atuasse diplomaticamente com esses países para que aceitassem a regionalização das medidas de controle. “Precisamos tentar trabalhar com esses países para que aceitem a regionalização, e devemos fazer o possível para eliminar qualquer novo surto que surja”, enfatiza.

Jank ressalta a organização e a competência do setor avícola nacional. “Os sistemas brasileiros são muito competentes, são dos setores mais organizados do agronegócio, são sistemas integrados de produtores, cooperativas, agroindústrias, que possuem uma tecnologia de primeira qualidade”.

Segundo o professor do Insper, o Brasil exporta carne de frango para 160 países, evidenciando a importância do setor para a economia nacional.

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Apesar dos obstáculos causados pela gripe aviária, as perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2023 continuam positivas. Já prevê-se que “nós vamos ter o melhor ano das exportações do agro, devemos superar 180 bilhões de dólares”, citando safras recordes de soja e milho, além de bons resultados nos setores de frango e carne bovina.

Fonte: CNN Brasil

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