O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos permaneceu em 2,7% na comparação anual em julho, no mesmo patamar do dado de junho, conforme divulgado nesta terça-feira (12) pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS). A inflação subjacente, que exclui os voláteis índices de energia e alimentos, avançou 3,1% – após os 2,9% em junho –, conforme projetado por analistas, que antecipam a continuidade de uma tendência de alta desse indicador, o que poderia refletir o impacto da política tarifária do presidente americano, Donald Trump.
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Na comparação mensal, a inflação subiu 0,2%, enquanto o dado subjacente aumentou 0,3%, após altas de 0,3% e 0,2% em junho, indicadores acompanhados de perto pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), que mantêm a cautela quanto a uma redução nas taxas de juros, apesar das pressões da Casa Branca.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed se reunirá nos próximos dias 16 e 17 de setembro para decidir sobre as taxas de juros, que permanecem em uma faixa de 4,25% a 4,5% nos EUA desde o corte de dezembro de 2024.
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O Fed acompanha de perto os indicadores de inflação subjacente, juntamente com os índices de preços de gastos de consumo pessoal, o Produto Interno Bruto (PIB) e o desemprego, divulgados pelo BLS.
No mês anterior, o Departamento de Estatísticas do Trabalho enfrentou controvérsia após a publicação de dados de emprego abaixo das expectativas do mercado, que foram considerados “falsos” pelo presidente Trump, resultando na demissão da então responsável pela entidade, Erika McEntarfer.
Outros aumentos
O índice de moradia elevou-se 0,2% em julho e continua sendo o principal fator que influencia as altas mensais de todos os itens nos últimos meses, de acordo com o BLS.
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Por outro lado, o preço dos alimentos permaneceu estável após subir 0,3% nos dois meses anteriores, embora o índice de laticínios e produtos relacionados tenha aumentado 0,7% durante julho.
A categoria de carnes, aves, peixes e ovos subiu 0,2%, mas especificamente no caso dos ovos esse índice caiu 3,9%.
Em contrapartida, o Índice de Energia recuou 1,1% em julho, devido sobretudo à redução de 2,2% nos preços da gasolina durante o mês.
Anualmente, a energia diminuiu para 1,6% em relação ao mesmo mês de 2024, enquanto o Índice de Alimentos aumentou 2,9% no mesmo período.
Com informações da EFE
Fonte por: Jovem Pan