A China está remodelando seu “soft power” por meio de sua notável capacidade de realização, conforme aponta Philip Yang, sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Na análise sobre a influência global do gigante asiático, Yang ressalta como a China está empregando sua força industrial e econômica para ampliar sua área de atuação.
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Segundo o especialista, a internet e as redes sociais estão repletas de imagens que ilustram o poder de realização chinesa, exercendo um “poder de persuasão notável”. Esse fenômeno está se transformando em uma ferramenta de propaganda eficaz para o país.
Indústria e tecnologia como pilares do novo “soft power”.
O WW Especial aponta o notável crescimento da indústria automobilística chinesa como demonstração dessa capacidade. O especialista afirma: “A China possui mais de 120 marcas de carros, e nós conhecemos três ou quatro, enquanto a China tem centenas de fabricantes de veículos elétricos”.
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Ademais, o analista aponta os avanços da China em diversos campos, incluindo literatura, indústria de animes e desenvolvimento de jogos. Contudo, Yang reconhece que persiste uma lacuna cultural considerável que impede a entrada desses produtos no Ocidente.
Desafios e visões de futuro.
Apesar dos avanços, Yang ressalta que a China ainda enfrenta desafios no campo do “soft power” tradicional. Ele menciona uma admissão do próprio Partido Comunista Chinês em 2007 sobre a necessidade de aprimoramento nessa área.
O especialista antecipa que, com o progresso da Inteligência Artificial e outros avanços tecnológicos, a China poderá ultrapassar diversas barreiras culturais, consolidando ainda mais sua influência mundial nos próximos anos.
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Por fim, Yang pondera que a falta de “soft power” pode ser prejudicial, citando o impacto das políticas do governo Trump nas relações entre Estados Unidos e Canadá, evidenciando a importância do equilíbrio entre “soft power” e “hard power” nas relações internacionais.
WW Especial
O programa, apresentado por William Waack, é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.
Fonte por: CNN Brasil