A inteligência artificial altera as relações, observando como já transforma vínculos sociais e dinâmicas profissionais
Especialistas avaliam o impacto da inteligência artificial no comportamento social, na liderança, nas vendas e na construção de vínculos relevantes.

A expansão da integração entre tecnologia, análise de dados e inteligência artificial está transformando as relações na sociedade e no ambiente profissional.
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De acordo com o estudo “Conexão do Futuro – Tendências de Socialização em 2030”, da Sensorama Design, os gestores necessitam entender essas novas formas de interação humana.
O relatório indica que o futuro será mais interativo, imersivo e colaborativo.
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O estudo “Top 5 prioridades para líderes de RH em 2025”, da Gartner, ressalta a importância de líderes digitais, ágeis e aptos para ambientes híbridos.
Especialistas apontam estratégias para que empresas e profissionais enfrentem os impactos das novas tecnologias nas relações humanas.
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Lideranças inclusivas sinalizam o progresso das conexões.
Segundo Laís Macedo, fundadora do Future Is Now, o modelo atual de liderança e mercado não é mais adequado como fundamento para o futuro.
As empresas devem adotar uma postura mais agregadora, diversa e focada em questões sociais e sustentáveis.
Segundo Macedo, o progresso tecnológico por si só não é suficiente.
É necessário construir lideranças com uma abordagem de pensamento mais consciente e engajada com novas maneiras de se relacionar, produzir, consumir e causar impacto.
Essas lideranças também devem atuar fora do ambiente empresarial.
A inteligência artificial necessita de empatia nas organizações.
Segundo Cleide Cavalcante, gerente de comunicação da Progic, a IA já transforma a maneira como as pessoas interagem no ambiente de trabalho.
Ela ressalta que essa transformação eleva a demanda por líderes empáticos, com ênfase no bem-estar emocional dos colaboradores.
De acordo com Cleide, as empresas que trabalham com a Geração Alpha devem assegurar ambientes seguros e que promovam o pensamento crítico.
Ademais, a implementação de tecnologias deve acontecer sem desconsiderar o aspecto humano das relações.
Investir em saúde mental e escuta ativa fortalece laços e estimula a produtividade e a inovação.
A personalização fortalece os relacionamentos com clientes.
Michelle Oliveira, diretora executiva da Digital Manager Guru, destaca que a IA já impulsiona avanços na personalização do atendimento ao cliente.
Ela mencionou soluções apresentadas no Google Cloud Next, incluindo chatbots com avatares e vozes que imitam a fala humana.
Essas ferramentas possibilitam uma abordagem mais próxima e personalizada para diversos tipos de consumidor.
Michelle acredita que a tendência é que tecnologias focadas na criação de vínculo se tornem mais comuns.
Para ela, o objetivo deve ser o fortalecimento do vínculo social, com a IA desempenhando um papel de apoio, e não de substituição, da interação humana.
Conexões significativas transcendem as telas.
Carolina Fernandes, diretora executiva da Cubo Comunicação, considera que a inteligência artificial pode auxiliar na expansão do networking.
Ela argumenta que a tecnologia facilita a criação de conexões, otimiza o tempo e aproxima indivíduos.
Ainda assim, a gestão enfatiza a importância do contato direto como ambiente propício para o estabelecimento de laços mais fortes e permanentes.
De acordo com ela, encontros informais fora da programação oficial dos eventos frequentemente proporcionam as melhores conversas.
Carolina sugere criar uma programação deliberada antes das reuniões.
Propõe identificar os participantes e incentivar diás diretos através do aplicativo do evento ou da plataforma LinkedIn.
Ao procurar um palestrante, é comum assistir às apresentações e estabelecer contato após o painel.
Para ela, a tecnologia pode conectar pessoas de maneira genuína, contanto que seja empregada com propósito e organização.
Fonte: Carta Capital