A inteligência artificial se expande nos negócios de pequeno porte e transforma a maneira como se faz empreender no Brasil

A adoção de inteligência artificial aumenta entre microempresas, com soluções de acesso facilitado para automatizar processos e otimizar a administração do negócio.

25/05/2025 14h03

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(Imagem de reprodução da internet).

De acordo com um estudo do Observatório Sebrae de Inovação, 78% das microempresas brasileiras já empregam ferramentas baseadas em dados e algoritmos. Essas tecnologias auxiliam na automação de processos, na produção de análises e na tomada de decisões com maior rapidez.

De acordo com dados do Governo Federal, o Brasil contabilizou 1,4 milhão de novos pequenos negócios somente no primeiro trimestre de 2025. Esse resultado posiciona o país entre os maiores polos de empreendedorismo do mundo, ocupando a sexta posição no ranking global.

Naquele cenário de expansão, a inteligência artificial se estabelece como uma ferramenta disponível para aumentar a competitividade de empresas de menor porte.

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Soluções simples possibilitam a inovação com baixo custo.

Segundo Antonio Muniz, presidente da Editora Brasport e especialista em tecnologia, a inteligência artificial não é mais restrita a grandes corporações. Ele afirma que atualmente existem ferramentas prontas, acessíveis e focadas no uso de microempresas.

Muniz afirma que a principal mudança é perceber que a IA não necessita de implementação complexa.

Ele sugere iniciar com aplicações simples e eficazes, como chatbots para suporte, automações de e-mail ou sistemas de recomendação. Essas tecnologias podem ser implementadas por meio de planos de assinatura ou em versões gratuitas.

Implementando inteligência artificial em empresas de pequeno porte

Para os empreendedores que desejam iniciar, o primeiro passo é identificar atividades que demandam muito tempo ou diminuem a produtividade.

“Implementar a automação do atendimento ao cliente via WhatsApp utilizando um bot ou prever a demanda de estoque com base em dados históricos são exemplos diretos e eficientes”, sugere Muniz.

Outras opções viáveis incluem:

Todas essas soluções visam economizar tempo, aprimorar o relacionamento com os clientes e fornecer orientações para decisões mais seguras com base em dados.

A redução consciente demanda atenção estratégica.

Apesar de proporcionar lucros efetivos, a utilização de inteligência artificial demanda cuidado para prevenir a dependência ou decisões automatizadas sem análise humana. Para Muniz, o empresário deve compreender os fundamentos do funcionamento das ferramentas implementadas.

A utilização de IA deve ser coerente com os objetivos do negócio. Ela não substitui a percepção do gestor da empresa.

É igualmente necessário proteger os dados dos clientes, sobretudo em atendimentos automatizados ou na coleta de informações sensíveis.

Outros pontos de atenção incluem:

A inteligência artificial se configura como parceira na gestão e na tomada de decisões.

A expansão do emprego de IA em negócios de pequeno porte indica uma transformação na forma de pensar. Vai além de uma mera tendência tecnológica, representando uma nova maneira de administrar, com ênfase em otimização, previsibilidade e customização.

Muniz defende que o foco deve ser empregar as melhores ferramentas para assegurar o desenvolvimento do negócio de maneira duradoura.

Não se trata de empregar tecnologia por si só. Trata-se de inteligência a serviço do crescimento com estratégia e humanidade, conclui.

Fonte: Carta Capital

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