O relatório da PF (Polícia Federal) encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 4ª feira (18.jun.2025) sustenta que o “intento golpista” do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já estava presente nos eventos de 7 de setembro de 2021.
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As conclusões da corporação são baseadas em trocas de mensagens obtidas a partir de novos dados extraídos do celular do coronel da reserva Flávio Botelho Peregrino, que atuou como assessor-chefe de Comunicação Social da Casa Civil durante o período em que o general Walter Braga Netto foi vice de Bolsonaro em 2022.
Investigações apontam que o general liderava um grupo de seis indivíduos com o objetivo de desacreditar as urnas eletrônicas.
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Em setembro, durante o evento do dia 7, Bolsonaro proferiu um discurso carregado de críticas direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes. Na ocasião, também questionou a segurança das urnas eletrônicas e solicitou “eleições auditáveis”. De acordo com a PF, o grupo estava preparando o terreno para as eleições.
O relatório menciona uma conversa via WhatsApp entre Braga Netto e Mauro Cid, na qual, segundo a Polícia Federal, os réus tinham conhecimento da “gravidade dos fatos” que seriam “executados com o objetivo de subverter o regime democrático”.
A discussão abordou uma carta emitida em 9 de setembro de 2021 por Bolsonaro, visando reduzir os comentários contrários ao STF e Moraes em 7 de setembro.
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Mauro Cid escreve: “PR [Bolsonaro] apanhando muito. Tomara que não venham migalhas. Já vi esse mesmo filme 2 vezes. E o PR ficou chupando dedo”. Em resposta, Braga Netto diz: “Você me falou. Mas agora nós podemos virar a mesa porque ele fez tudo para apaziguar [a relação com o STF]”.
No mesmo diásegundo a PF, Braga Netto sinalizou a tentativa de “ruptura institucional”. “Se não cumprirem, ele abre o jogo e viramos com ele. Os Cmts [comandantes] estão cientes. Ele vai para mídia conta o combinado e rompemos”, afirmou o general.
Fonte por: Poder 360