A Irmã Maria Brígida Barbosa falece em Belo Horizonte, sendo missionária da educação popular e da justiça social

Ela sempre defendeu a justiça social, questionando a ditadura e seus atos corruptos, segundo missionárias.

04/08/2025 18h55

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Irmã Brígida era presença constante nas lutas.

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Faleceu, no domingo (3), aos 85 anos, em Belo Horizonte, a Irmã Maria Brígida Barbosa, da Congregação das Filhas de Jesus. Religiosa, educadora e ativista de causas populares, ela dedicou mais de seis décadas à missão cristã, comprometida com os necessitados, à educação libertadora e à justiça social.

Irmã Brígida sempre se colocou em defesa da justiça social, questionando a ditadura e seus males. Foi leal a uma igreja engajada e em transformação, desde sempre. Em todos os lugares que esteve, em missão profética e evangelizadora, defendeu os oprimidos e os grandes temas que valorizam a democracia e a dignidade da vida humana, afirmam Maria José Brant e Cassia Lara Neves de Araújo, missionárias da Congregação.

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Maria Brígida, nascida em Cataguases, Minas Gerais, em 15 de outubro de 1938, foi dedicada aos educadores, cresceu em um ambiente cristão e desde cedo se voltou à vida religiosa. Ingressou como postulante na Congregação das Filhas de Jesus em 1959, em Belo Horizonte.

A partir de 1987, Irmã Brígida expandiu sua atuação e se envolveu de forma significativa nas lutas sociais e na defesa da dignidade humana. Esteve presente em movimentos populares, grupos religiosos e pastorais sociais, além de ter atuado nas ações sociais da Igreja no Nordeste brasileiro.

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Possuía uma paixão pela comunicação libertadora. Sabia que a informação é transformadora e se utilizou como meio de transmissão de causas e ideais, dedicando-se a comunicar com qualquer pessoa para anunciar a nova vida. Lembra-se daquela que atuou como megafone no dia a dia para denunciar as injustiças. Recorda-se da ousadia das missionárias Brant e Araújo, que sabiam que eram andorinhas, mas não andavam sozinhas.

Irmã Brígida era uma presença constante nas lutas, esteve na construção do Grito dos Excluídos desde a primeira edição, em 1995. Foi participante ativa do Fórum Político Religioso, desde a sua criação. E agente da Pastoral Carcerária aguerrida e muito comprometida. Ela continuará inspirando a todas as pessoas que lutam por um mundo mais justo, afirma Frederico Santana Rick do Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Com a saúde enfraquecida nos últimos anos, foi admitida na Casa de Nazaré em 2024, recebendo os cuidados necessários. Nos últimos meses, seu estado clínico piorou, resultando em hospitalização. Irmã Brígida não sobreviveu e faleceu na manhã do dia 3 de agosto.

A frase de Santa Cândida, fundadora da Congregação Filhas de Jesus, é considerada definidora da pessoa que Maria Brígida foi em vida, segundo suas companheiras de missão: “onde não há lugar para os pobres, não há lugar para mim”.

Fonte por: Brasil de Fato

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