A Lei Magnitsky expõe a dependência global dos EUA

No Brasil, a completa desconexão se mostra impraticável, considerando a dependência de serviços como Gmail, iPhone, WhatsApp, sistemas de cartão e infra…

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(Imagem de reprodução da internet).

A Lei Magnitsky, que estabelece penalidades para indivíduos e entidades por violações de direitos humanos, evidencia a dependência mundial dos Estados Unidos em infraestrutura digital, financeira e tecnológica. Mesmo com a ascensão de potências como China e Rússia, os Estados Unidos mantêm sua posição central no poder global, sem alternativas viáveis. As sanções decorrentes da Lei Magnitsky ilustram a influência americana que transcende o âmbito político.

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Empresas como Google, Apple, Amazon, Meta e Microsoft controlam serviços essenciais, incluindo nuvem, comunicação, aplicativos bancários e smartphones. Pessoas, empresas e governos, independentemente de sua localização, estão interconectados aos Estados Unidos de alguma forma.

A China e a Rússia, com empresas como Tencent e Huawei, enfrentam desconfiança internacional e restrições tecnológicas. A ausência de transparência, o controle estatal e o histórico de censura e espionagem são fatores negativos. A Huawei, por exemplo, foi proibida em vários países devido a suspeitas sobre a segurança de redes.

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Os Estados Unidos, por outro lado, oferecem um ambiente favorável, sustentado por inovação, universidades, capital de risco, empresas privadas e um mercado aberto. Essa combinação, juntamente com a segurança jurídica, atrai parceiros internacionais e promove uma adoção global voluntária.

A Rússia e a China visam diminuir sua dependência dos Estados Unidos, investindo em tecnologia própria e mercados alternativos. Contudo, enfrentam dificuldades de escala, interoperabilidade, qualidade e confiança. A adoção em massa de serviços chineses ou russos ainda encontra resistência política, técnica e econômica.

No Brasil, por exemplo, uma desvinculação completa dos Estados Unidos seria inviável, devido à dependência de serviços como Gmail, iPhone, WhatsApp, sistemas de cartão e infraestrutura de nuvem, todos vinculados a empresas americanas.

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A Lei Magnitsky, portanto, é mais do que uma ferramenta de política externa; é uma demonstração do alcance estrutural dos Estados Unidos no mundo, evidenciando que a soberania digital e econômica está diretamente ligada à infraestrutura americana. A capacidade dos Estados Unidos de impor sanções eficazes e de influenciar a política global por meio de suas empresas de tecnologia ressalta a importância de sua infraestrutura no cenário internacional. Dessa forma, a Lei Magnitsky não apenas reforça a posição dos Estados Unidos como líder global, mas também sublinha a interdependência mundial em relação à sua infraestrutura tecnológica e financeira.

Com informações de Eliseu Caetano.

Fonte por: Jovem Pan

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