A literatura é uma fonte de luz, mesmo nos ambientes mais sombrios, afirma Chimamanda Ngozi Adichie

A autora nigeriana passou pelo Brasil, participando da Bienal do Livro Rio e do evento Fronteiras do Pensamento, em São Paulo.

17/06/2025 6h43

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(Imagem de reprodução da internet).

A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie compareceu à mais recente edição do Fronteiras do Pensamento, no Teatro Renault, em São Paulo, na segunda-feira (17). Aproximadamente 800 espectadores participaram da palestra, que abordou a questão “Por que a literatura importa?”.

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Chimamanda esteve no Brasil após ter sido uma das palestrantes centrais da primeira noite da Bienal do Livro Rio, na última sexta-feira (13). Ela também divulga seu mais recente lançamento, “A Contagem dos Sonhos”.

Reconhecida como uma das principais escritoras em língua inglesa contemporânea, Chimamanda defendeu a literatura como uma ferramenta essencial para nutrir mentes, espíritos e promover a transformação social. “Até nos lugares mais sombrios, existe uma pequena fonte de luz. E a literatura, frequentemente, é essa luz”, declarou.

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A autora, reconhecida por títulos como “Meio Sol Amarelo”, “Hibisco Roxo” e “Americanah”, relatou experiências pessoais e evidenciou como sua trajetória na Nigéria influenciou sua perspectiva de mundo. Chimamanda recordou momentos da infância, incluindo o relato do jardineiro, que, na sua opinião, possuía olhos vermelhos devido a combates militares. Essas narrativas serviram de inspiração para sua produção literária.

Durante a palestra, Chimamanda enfatizou o papel da literatura na denúncia das injustiças, em especial a promoção da visibilidade de mulheres que, segundo ela, foram “silenciadas, desvalorizadas e marginalizadas” da história. “O que consideramos ideias universais, frequentemente, são ideias masculinas”, ressaltou.

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A autora também discutiu questões como censura e empatia. Para a escritora, escutar narrativas humanas é um antídoto contra a desumanização. “É difícil desumanizar uma pessoa cuja história você conhece. A história obriga você a ouvir o outro.”

Apesar de ser uma referência global no feminismo, Chimamanda ressaltou que não aprecia ser categorizada apenas como “autora feminista”. Segundo ela, seu trabalho é, primordialmente, sobre humanidade, identidade e justiça.

A palestra em São Paulo foi a segunda da temporada 2025 do Fronteiras do Pensamento, que teve como atração o psicósocial Jonathan Haidt. O próximo evento, já com ingressos esgotados, ocorrerá em agosto e contará com a presença do neurocientista António Damásio, reconhecido por estudos que situaram as emoções no cerne da razão humana.

Conheça Chimamanda Ngozi Adichie, escritora em destaque na Bienal do Rio.

Fonte por: CNN Brasil

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