A mãe de Larissa Manoela foi acusada de racismo religioso
A mãe da Larissa Manoela é formalmente acusada de discriminação religiosa relacionada a questões raciais.

Nesta quinta-feira (30), a Polícia Civil do Rio indiciou Silvana de Jesus Taques Elias dos Santos, mãe da atriz Larissa Manoela, por praticar racismo religioso contra o genro André Luiz Frambach. Silvana usou o termo ofensivo “macumbeira” ao se referir à família do ator, que pratica a religião espírita Kardecista, em mensagens trocadas com sua filha.
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As investigações começaram depois que a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio registrou uma notícia-crime. O registro foi feito pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas. Algumas capturas de tela de conversas entre Larissa e sua mãe foram divulgadas após a participação da atriz em uma entrevista em um programa de TV em agosto.
Em uma mensagem de Natal do ano passado, Silvana teria escrito: “Esqueci de te desejar um ótimo Natal aí com todos os guias dessa nossa família macumbeira. Hahaha”.
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“Que ela responda por esse ato de intolerância religiosa porque no Brasil intolerância religiosa é crime. As pessoas não podem se sentir impunes e fazer discriminação e achar que nada vai acontecer. É uma forma educativa de levar outros setores a não fazer esse tipo de agressão a nenhum segmento religioso, nesse caso específico, aos Kadercistas”, afirmou o babalorixá Ivanir dos Santos, articulador responsável pela comissão que apresentou a notícia-crime.
Em depoimento à polícia, André Luiz afirmou que ele e Larissa tinham decidido expor as mensagens com uma “tarja preta” na parte em que a mãe de Larissa se referia à família dele. O ator afirmou que não sabia como as mensagens originais chegaram ao conhecimento da mídia. Ainda na delegacia, André Luiz esclareceu que não se sentiu ofendido ou discriminado religiosamente e por isso não desejava prosseguir com a investigação.
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Mãe e pai de André, Giselle de Faria Pfaltzgraff e Paulo Henrique Franbach, que também prestaram depoimento, disseram ser espíritas e não terem se sentido ofendidos com a mensagem.
A Justiça concedeu a Larissa Manoela o direito de não ir à delegacia depois de ser intimada. Silvana também não foi prestar depoimento. A defesa da mãe solicitou o encerramento das investigações, mas a 37ª Vara Criminal da Comarca da Capital negou o pedido.