A maior sustentabilidade se encontra em áreas nobres do Distrito Federal
Plano Piloto e Sudoeste/Octogonal apresentaram os desempenhos mais positivos; estudo é revisado a cada quatro anos.

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) lançou, na quarta-feira (23), um estudo inédito sobre a sustentabilidade nas regiões administrativas do Distrito Federal. O Índice de Sustentabilidade Ambiental Urbana (ISU/DF) utilizou nove indicadores que abordam as temáticas da cobertura vegetal, conservação hídrica e regulação climática.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As áreas administrativas com os melhores resultados foram Sudoeste/Octogonal e Plano Piloto (0,84), Núcleo Bandeirante (0,81) e Guará (0,80). Também aparecem no ranking Park Way (0,79), Cruzeiro (0,79), Lago Norte (0,77) e Jardim Botânico, Paranoá, Candangolândia, Gama e Lago Sul (0,75).
Os valores mais elevados podem estar associados a características que promovem a sustentabilidade ambiental nas cidades, considerando os hábitos de consumo da população, o planejamento urbano-ambiental aplicado ou o desempenho ambiental geral das regiões.
LEIA TAMBÉM:
● “Tranças no Mapa”: websérie que celebra a identidade e a resistência de mulheres negras, estréia em Brasília
● Decisões suspensas e eleições desfeitas no Conselho do Plano Diretor de Porto Alegre
● Mulher sofre agressão e desmaio após ser atingida por marido na região sudoeste
Em contrapartida, a região oeste do DF apresenta os menores valores: SCIA/Estrutural e Sol Nascente/Pôr do Sol (0,61), Riacho Fundo (0,64) e Água Quente, São Sebastião e Samambaia (0,65). Diferentemente dos primeiros, não ocorreu um planejamento ambiental e urbano nessas áreas.
O Índice ISU/DF é atualizado a cada quatro anos. Os dados apresentados no estudo inicial são referentes a 2022. O objetivo é acompanhar a evolução dos números até 2026, observando como as ações do governo e da população impactam a sustentabilidade das RA ao longo dos anos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Visão geral
Conforme a pesquisa, o índice é considerado bom em 18 das 35 regiões administrativas. Entre as que ultrapassam a média, 12 estão em regiões de renda alta, média alta e baixa renda. As que são classificadas como “excelente” são todas de renda alta e média.
O elevado consumo de água e as altas emissões de carbono podem afetar o Lago Sul, mesmo que a região possua condições urbanas e ambientais favoráveis. No Reconcavo Norte, cada pessoa utiliza aproximadamente 400 litros diários. Em nível nacional, o consumo médio é de 154 litros.
A diminuição do índice de sustentabilidade não se relaciona com falta de infraestrutura, planejamento urbano-ambiental ou desempenho ambiental sistêmico, mas sim com padrões de consumo e hábitos de vida da população local.
Receba notícias do Brasil de Fato DF no seu WhatsApp.
Fonte por: Brasil de Fato