A Marisa obteve lucro de R$ 2,4 milhões no primeiro trimestre, impulsionado por maior receita e margem

No final de março, a rede contava com 233 lojas.

15/05/2025 21h55

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(Imagem de reprodução da internet).

A Marisa obteve lucro líquido consolidado de R$ 2,4 milhões nos primeiros três meses do ano, revertendo o prejuízo de R$ 148,3 milhões apresentado no mesmo período de 2024, em razão de um resultado do plano de reposicionamento da marca e da reestruturação da empresa, que garantiu a expansão das receitas e das margens no período, com otimização da linha de despesas.

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“Estamos indo bem e a expectativa da empresa para o ano é de continuidade com todo o trabalho que estamos realizando, de ajuste de coleção, planejamento e abastecimento”, afirmou o presidente-executivo da companhia, Edson Garcia, em entrevista à Reuters, sem fornecer números sobre o desempenho nas primeiras semanas do segundo trimestre.

No primeiro trimestre, a receita líquida aumentou 17,7%, atingindo R$ 297,9 milhões, e as vendas em lojas mesmas subiram 19,2%, com destaque para a expansão das linhas infantil e masculina. A empresa pretende tornar a Marisa um destino de compras completo para toda a família, apesar do foco no público feminino da classe C.

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Garcia também destacou a expansão da base ativa de cartões Marisa, com crescimento de 92,4% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, alcançando quase 1 milhão de cartões, como um componente para a expansão da receita líquida no início de 2025. As vendas com o cartão representaram 22,9% das transações, de 16,1% um ano antes.

A margem bruta elevou-se a 51,1%, em comparação com 45,8% no ano anterior, enquanto o crescimento das despesas com mercadorias vendidas e prestação de serviços foi inferior ao da receita, que avançou 6,2%. As despesas com vendas, gerais e administrativas em relação à receita líquida apresentaram redução de 10,9 pontos percentuais, atingindo 48,7%.

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O resultado operacional, medido pelo EBITDA, atingiu R$86,4 milhões, revertendo o desempenho negativo de R$29,6 milhões no primeiro trimestre de 2024. A margem EBITDA foi de 29%.

Os investimentos (capex) totalizaram R$ 4,4 milhões no primeiro trimestre de 2025, representando um aumento de 46,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa concentrou os gastos na expansão e reformas das lojas, bem como em tecnologia da informação.

A empresa informou que, no primeiro trimestre, a Marisa introduziu uma nova tecnologia e fortaleceu a equipe de planejamento para otimizar a previsão de demanda. Atualmente, a companhia está implementando uma ferramenta de abastecimento automatizada no segundo trimestre.

Possuo um planejamento mais elaborado, maior assertividade na previsão de demanda, menos rupturas, potencial de venda ampliado e redução de remarcações, pois vou posicionar o produto no local adequado. Buscarei melhorar minha rentabilidade e margem, declarou.

Previsão de novas lojas para 2026.

No final de março, a Marisa contava com 233 lojas, 235 no mesmo período de 2024. A base ativa de clientes aumentou 13,3%, atingindo 6,3 milhões, e a taxa de “churn” (clientes sem compras há mais de 12 meses) diminuiu em 58,4%.

Garcia declarou que 2025 não representa um ano de expansão de lojas, apesar de demonstrar grande interesse no assunto.

Este é o ano da consolidação, de elevar a empresa a um novo nível, apresentar os resultados e, possivelmente, a partir do próximo ano iniciar a discussão sobre uma agenda de crescimento mais otimista, que certamente se concretizará. Não desejamos introduzir isso agora, pois, com tantas tarefas pendentes, isso desvia o foco.

A dívida líquida atingiu R$ 110,3 milhões, em comparação com R$ 29,7 milhões no final de 2024, e o caixa diminuiu de R$ 93,5 milhões para R$ 10,3 milhões.

No relatório financeiro, a Marisa declarou que essa ação está em consonância com o padrão sazonal do setor, considerando que o primeiro trimestre costuma apresentar menor geração de caixa em relação ao último trimestre do ano. “Adicionalmente, financiamos a operação, no início de 2025, utilizando recursos próprios, ao contrário do primeiro trimestre de 2024.”

Conforme o documento, essa ação está ligada ao incremento dos estoques da empresa, financiados com recursos do caixa, o que indica uma previsão de melhoria nessas áreas do balanço no próximo trimestre. “Você está pagando antecipadamente para vender até agosto”, afirmou, ressaltando que esse movimento nos estoques foi significativo para o crescimento das vendas.

Em meados de março de 2025, o índice dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses ficou em 0,5 vezes, “um múltiplo bem baixo, bem controlado”, declarou Garcia. No final de 2024, esse índice estava em 0,2 vezes.

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Fonte: CNN Brasil

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