A medida de dispensa de petróleo e gás foi deliberada

O IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) comunicou ter recebido com satisfação a informação de que o setor de petróleo e gás foi isento da taxa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

A isenção de energia e produtos energéticos — petróleo bruto, seus derivados e gás natural liquefeito, entre outros — é um reconhecimento da especificidade do mercado de petróleo e seus derivados e de sua importância estratégica no comércio bilateral, declarou o IBP por meio de nota.

A taxa adicional foi divulgada como parte de uma revisão abrangente das políticas comerciais dos Estados Unidos, com ênfase em setores considerados estratégicos pelo governo americano.

O instituto aponta para um volume considerável de comércio no setor entre os países. O IBP relata que as exportações de petróleo brasileiro para os EUA atingiram US$ 2,37 bilhões no primeiro semestre de 2025, ainda que tenham ocorrido importações de produtos derivados importantes para o mercado interno.

A manutenção da competitividade do setor em relação ao mercado norte-americano ajuda a preservar os fluxos comerciais e os investimentos, reduzindo os impactos imediatos.

A divulgação da sobretaxa – em 9 de julho – gerou preocupação no setor de petróleo e gás em atuação no Brasil.

Apesar dos produtos apresentarem “facilidade de encontrar novos mercados”, a medida geraria incertezas no setor, conforme divulgado pela nota do IBP.

A participação no PIB

Em 2024, o petróleo foi o principal produto da pauta de exportações do Brasil, ultrapassando a soja e gerando US$ 44,8 bilhões, conforme informações do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Para o mercado norte-americano, o petróleo bruto é atualmente o principal item nas exportações.

O Brasil ocupa a oitava posição entre os maiores produtores de petróleo do mundo, e entre 2021 e 2023, as exportações líquidas de petróleo geraram US$ 92,7 bilhões em receita para o país.

Fonte por: Poder 360