A Meta confirmou que conta no Instagram utilizava endereço de e-mail de Cid
Informações encaminhadas ao STF indicam que o perfil que envolvia denúncia também possuía ligação com o telefone da esposa do militar.

O ministro do STF Alexandre de Moraes divulgou na segunda-feira (23.jun.2025) um documento da Meta que demonstra que a conta do Instagram supostamente utilizada pelo tenente-coronel Mauro Cid foi criada com um e-mail em seu próprio nome.
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A Meta, empresa controladora do Instagram, enviou ao STF na quarta-feira (18.jun.2025) informações sobre a conta investigada. Anteriormente, Cid negou o uso da plataforma para essa finalidade durante o interrogatório.
Formulário de cadastro
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O registro da conta utilizou o e-mail associado ao nome do militar e um número de celular pertencente a Gabriela, esposa de Cid.
Os dados do Google fornecidos por Moraes revelam que o endereço de e-mail vinculado à conta foi criado em 2005. A data de nascimento registrada no cadastro corresponde à do tenente-coronel, que nasceu em 17 de maio de 1979.
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Cid negou ter discutido sua delação com terceiros por meio do Instagram, durante o interrogatório no STF.
O militar declarou conhecer apenas que Gabriela é o nome de sua esposa, mas afirmou não saber se aquele era o perfil dela.
O caso chamou atenção após a publicação por revista Veja de mensagens que teriam sido enviadas por Cid, referentes à sua premiação. Os advogados do tenente-coronel contestaram a autoria das mensagens e solicitaram ao STF a investigação da conta, o que motivou Moraes a requisitar os dados à Meta.
O advogado Eduardo Kuntz, defensor do coronel Marcelo Câmara, comunicou ao STF que foi ele quem dialogou com Cid e ofereceu mensagens como evidência.
Os dados da Meta revelam uma troca de mensagens entre Kuntz, com o perfil “GabrielaR702”, e Paulo Amador Cunha Bueno, membro da equipe jurídica de Jair Bolsonaro.
Na quarta-feira (18.jun.2025), Alexandre de Moraes determinou a prisão de Marcelo Câmara e ordenou a investigação de ambos, incluindo seu advogado Eduardo Kuntz, por possível obstrução da Justiça. Câmara responde como réu no núcleo 2 da trama golpista.
Fonte por: Poder 360