A Mobly acusa os fundadores da Tok&Stok de “crime contra o mercado”
De acordo com a Mobly, existiria “atuação coordenada e não divulgada ao mercado” por parte dos fundadores da Tok&Stok. A família nega.

A Mobly elevou a contestação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra a família Dubrule, apresentando um pedido para o cancelamento da oferta pública de ações (OPA) visando a aquisição integral das ações da Tok&Stok.
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A Mobly declarou que adotará “as medidas cabíveis nas esferas administrativa, civil e criminal” em relação aos Dubrule.
A empresa alega existir “indícios de atuação coordenada e não divulgada ao mercado” por parte dos fundadores da Tok&Stok, na aquisição dos 44,3% de participação da companhia detidos pela Home24, em condições diferentes das apresentadas no edital da OPA.
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De acordo com o comunicado publicado nesta terça-feira (22/4), a Mobly conduziu uma investigação interna que apontou para indícios de uma suposta conluio entre a família Dubrule e “representantes de alto escalão do Grupo XXXLutz, controlador da Home24, e Home24”.
A Mobly declarou que, em reunião realizada nesta data (22 de abril), após apresentação das evidências coletadas até o momento e consulta aos assessores legais e financeiros, o Conselho de Administração autorizou a administração da companhia a tomar as medidas cabíveis nas esferas administrativa, amigável e criminal para proteção dos interesses sociais, mediante notificação às autoridades competentes.
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A Mobly busca, além do cancelamento da OPA, que a CVM avalie a responsabilidade dos envolvidos.
A proposta será votada em 30 de abril pela assembleia de acionistas do Grupo Toky, após a fusão com a Tok&Stok ocorrida no ano anterior.
Considere o ocorrido.
Os termos do acordo da família fundadora da Tok&Stok foram divulgados por meio de uma carta enviada no final de fevereiro.
O documento foi assinado por Régis Edouard Alain Dubrule, Ghislaine Thérèse de Vaulx Dubrule e Paul Jean Marie Dubrule.
A família Dubrule buscava a totalidade do controle e do capital da empresa. A Mobly recusou a oferta e considerou a proposta dos fundadores da Tok&Stok como “impossível”.
Em março, a família Dubrule reduziu o número mínimo de ações envolvidas na proposta de oferta de aquisição enviada à Mobly.
O número mínimo de ações envolvidas no negócio foi reduzido de 84 milhões para 61,38 milhões.
O material também mencionou “desafios significativos” levados em consideração para calcular o preço da oferta, de R$ 0,68 por ação, em meio a uma dívida de mais de R$ 600 milhões e ao fato da Mobly não gerar lucro desde 2021.
De acordo com a família fundadora da Tok&Stok, as ações da Mobly apresentam baixa liquidez, o que impede uma determinação precisa do seu valor de mercado com base no preço exibido.
Na última data de 15 de abril, os Dubrule retomaram a oferta de aquisição para 100% das ações, mantendo o valor de R$ 0,68 por ação.
O que a família Dubrule afirma.
A família Dubrule nega veementemente as acusações, refutando qualquer irregularidade no processo e acusando os administradores da Mobly de tentarem evitar suas responsabilidades.
A família Dubrule lamenta a campanha infundada, desesperada e sem quaisquer limites éticos conduzida pela administração da Tokyâ, conforme o texto.
Os fundadores da Tok&Stok afirmam que os administradores buscam reiteradamente evitar suas responsabilidades perante a companhia, submetendo ao conjunto dos acionistas uma proposta alinhada com as leis e regulamentos aplicáveis, que, contudo, não oferece liquidez aos acionistas, sem perspectiva de venda de suas participações e sem motivos para esperança no futuro da empresa.
Fonte: Metrópoles