A Moody’s considera que a América Latina apresenta exposição corporativa moderada às tarifas propostas por Trump

De acordo com a análise de risco, 70% das empresas da região apresentam exposição moderada, 17% apresentam leve impacto e somente 13% das empresas devem…

06/08/2025 19h40

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(Imagem de reprodução da internet).

Com o início da cobrança das novas alíquotas de importação nos Estados Unidos, a Moody’s considera que o setor corporativo na América Latina tem exposição moderada, medida pela imposição do governo de Donald Trump. Segundo a agência de risco, 70% das empresas da região têm exposição moderada, 17% têm leve impacto e apenas 13% das companhias devem ser mais afetadas pela nova taxa.

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A agência analisou cerca de 3,5 mil empresas não financeiras com rating em todo o mundo, incluindo 140 na América Latina, para avaliar sua vulnerabilidade aos riscos relacionados às tarifas dos EUA. Para essas, inclusive, a classificadora lembra que a exposição maior delas é à China.

“A incerteza comercial persistente será mais difícil para os exportadores do México do que para aqueles de outras economias grandes da América Latina, que dependem mais de commodities do que de itens manufaturados”, informou a Moody’s em relatório.

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De acordo com a agência, a exposição da região ao comércio dos EUA envolve principalmente empresas com relações comerciais diretas com aquele país, como as fabricantes de automóveis e de aeronaves. “Os EUA anunciaram, em julho, isenções tarifárias para certos produtos, incluindo aeronaves civis. Os fornecedores de autopeças têm uma das maiores exposições devido ao impacto das taxas nas montadoras do país”, afirmou a Moody’s.

Já a exposição macroeconômica é alta para os produtores de commodities da América Latina dependentes das exportações, mas essas empresas ainda mantêm algumas vantagens em relação a suas contrapartes em outras regiões, salientou a agência de risco.

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De acordo com a Moody’s, as empresas de bens de consumo, telecomunicações e companhias aéreas são vulneráveis às mudanças nas condições macroeconômicas. Com isso, as tarifas dos EUA diminuem as taxas de crescimento econômico na maior parte dos países latino-americanos, o que sobrecarrega as taxas de emprego, a renda discricionária e o consumo em diversos setores e países. “Cerca de 21% das empresas da América Latina com rating têm alta exposição a fatores macroeconômicos.” A agência ressaltou que, de modo geral, os riscos tarifários dos EUA têm efeitos limitados na qualidade de crédito da maioria das empresas latino-americanas com rating. Apenas 9% têm exposição direta ao comércio, 21% a choques macroeconômicos e 10% à volatilidade financeira.

A Moody’s destacou que México e Brasil estão sujeitos a tarifas mais elevadas dos EUA em comparação com outros países da região. O Brasil, por exemplo, está sujeito a uma nova tarifa de 50% a partir de 1º de agosto, embora os EUA tenham anunciado isenções para produtos como aeronaves civis e suco de laranja. O Chile se destaca pela alta exposição macroeconômica, especialmente nos setores de metais, químicos e produtos florestais.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

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