São Paulo

A MPSP exige a Prefeitura e ao Clube de Futebol do Estado de São Paulo pagamento referente ao uso de terras

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Ministério Público de São Paulo (MPSP) moveu uma ação contra São Paulo Futebol Clube e Prefeitura de São Paulo por uso indevido do terreno do Centro de Treinamento na Avenida Marquês de São Vicente, zona oeste da capital paulista.

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Ação assinada pelo promotor Marcos Vinicius Monteiro dos Santos em março deste ano exige o cumprimento das contrapartidas estabelecidas tanto na primeira versão do acordo entre as partes datado de 1982 quanto no renovo da concessão do terreno, datada de 2022. Essas são elas: uso sem lucro das instalações do Centro de Treinamento por alunos da rede municipal de ensino e construção de duas creches, respectivamente.

De acordo com a Procuradoria, o clube utiliza uma área pública por várias décadas sem prestar “corretamente outras contrapartidas à municipalidade” e conclui dizendo que o clube se beneficia “econômicamente do espaço público que poderia (deveria) estar sendo utilizado para bem da comunidade”.

O documento da promotoria indica que a Secretaria Municipal de Educação e o clube não puderam estabelecer um calendário para uso das instalações desportivas pelo centro de treinamento, apenas havendo registros esporádicos de visitas de alunos do ensino público municipal ao local.

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Em relação à construção das duas creches, estabelecidas na renovação da concessão, a promotoria afirma que o município de São Paulo “persiste em não fazer disponível as áreas para que o Clube de Futebol São Paulo construa os dois equipamentos públicos (creche)”.

Cada creche contará com a capacidade para atender até 160 crianças e serão construídas no valor máximo de R$ 5 milhões, localizadas em terrenos da Prefeitura de São Paulo.

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“A falta (intencional ou não) na administração pública que impediu de habilitar em tempo razoável as áreas públicas para a construção das duas creches causou e continua causando prejuízo à sociedade, pois o uso privado dessa valiosa área pública onde podiam ter sido erguidos equipamentos públicos como posto de saúde, escola ou creche entre outros, serve apenas a interesses particulares e econômicos do São Paulo Futebol Clube”, diz o MPSP.

Aluguel atrasado

A Procuradoria solicitou à Justiça que o clube pague um aluguel retroativo de três bilhões por mês pelo período em que utilizou a terra sem entregar as creches. O valor ultrapassa os cem milhões se aplicado ao mês referência, fevereiro de 2022.

O órgão observou no documento que as partes acordadas pela prefeitura não concorrem com o valor real da terra. A construção das duas creches é avaliada em R$ 5 milhões, enquanto, segundo os registros, o terreno do centro de treinamento custa R$ 300 milhões.

As áreas para a construção das creches já foram definidas pela Prefeitura de São Paulo. Uma delas está localizada na Rua Paschoal Melantonio, no distrito Cidade Ademar, sul da cidade e outra na Conde de Itaguaí, no distrito Butantã, oeste de São Paulo.

Metrópolis não encontrou um representante do São Paulo Futebol Clube. O espaço permanece aberto.

Fonte original: https://www.metropoles.com/sao-paulo/mpsp-cobra-prefeitura-e-sao-paulo-fc-sobre-acordo-por-uso-de-terreno

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