A nova etapa da operação da Polícia Federal que apura desvio no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foca em investigações envolvendo a Conafer

Assessores do presidente e sua esposa são suspeitos de ter adquirido veículos de alto valor utilizando recursos provenientes de fraudes.

14/05/2025 14h25

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(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal executou, na quarta-feira (14.mai.2025), duas ordens de busca e apreensão no curso da operação Sem Desconto, que apura um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS.

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A Polícia Federal informou em nota que os mandados judiciais foram autorizados pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal e cumpridos em Presidente Prudente, cidade do estado de São Paulo.

As pessoas vinculadas à Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil) são alvo de investigação da Polícia Federal por fraudes no INSS, conforme noticiado pelo Metrópoles.

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O líder da organização seria o empresário mineiro Carlos Roberto Ferreira Lopes. Ele é proprietário da empresa de gado Concepto Vet e da holding Farmlands, sediada nos Estados Unidos. O filho administra uma empresa de mineração em Minas Gerais, a Lagoa Alta.

A nova etapa da operação investiga a atuação de Cicero Marcelino de Souza Santos, apontado pela Polícia Federal como assessor do presidente da Conafer, e de sua esposa, Ingrid Pikinskeni Morais Santos. O casal é suspeito de ter obtido veículos de alto valor com recursos provenientes de desvios de aposentadorias e pensões.

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A Power360 contatou a Conafer para obter uma declaração sobre o tema. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

Segue algumas imagens divulgadas pela Polícia Federal dos bens apreendidos:

Investigação Conafer

A Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), uma das investigadas pela Polícia Federal pelas fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), obteve 28 condenações da Justiça em um período de 7 dias.

Uma investigação do jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que a Confederação foi compelida a reembolsar valores subtraídos indevidamente das aposentadorias e pensões.

Em 17 dos 28 processos judiciais, a Conafer não apresentou defesa. Em 16 ações, os aposentados e pensionistas receberam o benefício da justiça gratuita, devido à comprovação de baixa renda.

Operação “Sem Desconto”

A Polícia Federal instaurou, em 23 de abril de 2025, a operação Sem Desconto para apurar um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS. A operação executou 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 estados.

A Polícia Federal identificou irregularidades nos descontos de taxas associativas cobrados sobre benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias e pensões concedidos pelo INSS.

O governo comunicou que, em 2023, a CGU iniciou uma série de apurações sobre o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram realizadas auditorias em 29 entidades que possuíam ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS, além de entrevistas com 1.300 aposentados que tinham descontos em folha de pagamento.

A CGU apontou que as entidades não possuíam estrutura operacional adequada para os serviços prestados e que a maioria dos entrevistados não autorizou os descontos. A Controladoria também constatou que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram a documentação completa ao INSS.

Na operação, seis pessoas foram afastadas de suas funções. Dentre elas, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Fonte: Poder 360

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