A oposição bolsonarista se reuniu na terça-feira, 22, na Câmara dos Deputados para articular uma reação às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encontro foi marcado por críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao presidente da Casa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
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A equipe de Bolsonaro considerou “antiregulamentar e ilegal” a decisão de Motta de vetar a realização de reuniões de comissões durante o recesso parlamentar. Contudo, seguiram a ordem e decidiram não aprovar, na terça-feira, as moções de louvor e solidariedade ao presidente.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) proferiu um discurso carregado, acusando Moraes e Motta de praticarem censura e alegando que o País opera sob uma “ditadura da toga”. Ele também criticou a imprensa por, na sua visão, “naturalizar” a perseguição ao ex-presidente e silenciar em relação ao “cerceamento de liberdades”.
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Jornalistas têm medo de falar. Deputados têm medo de falar. Isso não é democracia, declarou. Hoje, é conosco da extrema-direita. Amanhã pode ser com qualquer um.
A reunião se deve à atuação da Polícia Federal, que determinou medidas cautelares para Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com embaixadores, outros investigados e a restrição ao uso de redes sociais.
Os parlamentares convocaram manifestações para o próximo 3 de agosto, véspera da retomada das atividades legislativas. O objetivo é criticar o que consideram perseguição política a Bolsonaro e exigir uma resposta do Congresso ao Supremo Tribunal Federal. A presença do ex-presidente é incerta, em razão das medidas judiciais em curso.
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“Nossa campanha está apenas começando. E 2026 está logo ali”, finalizou Sostenes, encerrando a reunião com um tom de campanha antecipada.
Fonte por: Carta Capital