A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 100 caminhões entraram em Gaza no domingo

Líder de agência considera decisão de Israel de suspender o conflito para permitir a entrada de alimentos como “progresso”.

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(Imagem de reprodução da internet).

Tom Fletcher, diretor do OCHA (Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários) da ONU (Organização das Nações Unidas), afirmou que mais de 100 missões de ajuda humanitária foram direcionadas à Faixa de Gaza. A ação ocorre após o Israel anunciar que haverá intervalos diários no conflito para possibilitar a circulação dos veículos.

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É um avanço, porém são necessárias grandes quantidades de assistência para evitar a fome e uma crise de saúde catastrófica. Em todas as agências da ONU e na comunidade humanitária, estamos mobilizados para salvar o maior número de vidas possível, declarou em comunicado publicado no X.

Israel enfrenta crescente pressão internacional em relação a um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A OMS (Organização Mundial da Saúde) constatou o aumento da desnutrição decorrente da escassez de alimentos na Faixa de Gaza.

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O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a agência ficou impedida de fornecer qualquer assistência alimentar no território palestino durante quase 80 dias, de março a maio de 2025.

Israel suspendeu o envio de mercadorias para Gaza em março. A restrição foi revogada parcialmente em maio, porém as condições para a chegada de assistência humanitária ainda restringem o acesso a alimentos.

O governo israelense justifica as restrições como medidas para impedir o desvio de recursos para o Hamas. Organizações humanitárias, por sua vez, apontam que apenas uma pequena parcela da ajuda necessária efetivamente alcança a população da Faixa de Gaza.

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Fletcher afirmou: “Uma em cada três pessoas em Gaza não come há dias. Pessoas estão sendo baleadas apenas por tentar conseguir comida para alimentar suas famílias. Crianças estão definhando. É isso que enfrentamos no local neste exato momento.”

É necessária uma ação consistente e rápida, incluindo liberações mais ágeis para os comboios alcançarem os pontos de travessia e entrem em Gaza; múltiplas viagens diárias até os pontos de passagem, para que nós e nossos parceiros possamos coletar os suprimentos; rotas seguras que evitem áreas lotadas; e nenhuma nova ação contra pessoas reunidas em busca de comida.

O direito humanitário internacional deve ser respeitado. A ajuda não pode ser bloqueada, atrasada ou atacada. Os prisioneiros de guerra devem ser libertados, imediatamente e sem condições. Em última análise, obviamente, não precisamos apenas de uma interrupção — precisamos de um cessar-fogo permanente.

Fonte por: Poder 360

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