Os Estados Unidos estão iniciando discussões com aliados europeus para diminuir o número de tropas americanas no continente ainda em 2024, afirmou o embaixador dos EUA na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Matthew Whitaker, na sexta-feira (16).
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Whitaker afirmou que “nada foi decidido” em relação a uma reportagem sobre a possível retirada de tropas do governo Trump da Europa.
“Assim que isso for realizado, teremos essas conversas dentro da estrutura da Otan”, disse Whitaker. “Certamente será depois da cúpula, em algum momento no final do ano, que iniciaremos essas conversas… Todos os nossos aliados estão prontos para isso”, acrescentou, referindo-se à cúpula da Otan em Haia, em junho.
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Os Estados Unidos avaliaram possíveis alterações no envio de tropas com os aliados, visando prevenir falhas de segurança, conforme declarado por Whitaker em uma conferência na Estônia.
São mais de 30 anos de desejo dos Estados Unidos [de reduzir as tropas na Europa]. O presidente Trump acabou de dizer: chega, isso vai acontecer e vai acontecer agora, vai ser organizado, mas não vamos ter mais paciência para enrolar nesta situação… Precisamos apenas lidar com as consequências práticas.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, informou aos aliados da Otan em fevereiro que “as duras realidades estratégicas impedem que os Estados Unidos da América se concentrem primariamente na segurança da Europa”.
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Em março, o jornal The Atlantic reportou que Hegseth e o vice-presidente J.D. Vance se manifestaram contra os aliados europeus em um grupo de discussão. Hegseth expressou sua “aversão ao parasitismo europeu”, conforme noticiado.
Esses comentários fortaleceram os receios da Europa em relação ao compromisso dos Estados Unidos com a Otan, aliados às declarações de Trump de não proteger os países que investem pouco em defesa e sua hesitação em manter o apoio ao esforço da Ucrânia contra a invasão russa.
O procurador-geral dos EUA declarou que os Estados Unidos permanecerão nesta aliança e serão um grande amigo e um grande aliado.
Ele advertiu a União Europeia contra a proibição de empresas de fora da UE nas compras de defesa europeias, sustentando que isso comprometeria a interoperabilidade da OTAN, retardaria o rearmamento da Europa, elevaria os custos e limitaria a inovação.
Fonte: CNN Brasil