A Petrobras espera que a Bolívia efetive a transferência de Marcola para o Primeiro Comando da Capital

Andrei Rodrigues afirma trabalhar com questões de extradição ou deportação; o indivíduo é procurado pelas autoridades.

17/05/2025 17h57

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal espera que as autoridades bolivianas entreguem Marcos Roberto de Almeida ao Brasil em uma audiência no domingo (18.mai.2025). Ele é conhecido como “Tuta” e foi preso em Santa Cruz de la Sierra, sendo apontado como um dos principais nomes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e substituto de Marcola, líder da organização criminosa.

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O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou no sábado (17.mai) que existem duas possibilidades para o retorno da Tuta.

A previsão é para amanhã [domingo, 18 de maio de 2025] algo parecido com uma audiência de custódia, com autoridades judiciais da Bolívia. Nossa expectativa é que amanhã mesmo tenhamos uma posição sobre esse processo, seja pela expulsão, seja pela extradição, afirmou Andrei a jornalistas na sede da Polícia Federal, em Brasília.

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O diretor-geral da PF declarou que Tuto recebeu sentença de 12 anos de prisão por organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele está foragido do Brasil desde 2021.

Andrei afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu informações sobre o caso através do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também está informado.

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Assim que relatei ao ministro [Lewandowski], ele acolheu positivamente a ação da Polícia Federal, naturalmente satisfeito com o resultado alcançado graças à cooperação internacional”, declarou o diretor-geral da PF.

Se Tuta retornar ao Brasil, ainda não há uma definição sobre qual seria sua prisão. Marcola está na Penitenciária Federal de Brasília.

“Será coordenado com nossa equipe a forma de realizar essa remoção do preso”, declarou Andrei.

A detenção de Tuta na Bolívia é de conhecimento público. Contudo, Andrei Rodrigues se manteve reticente em mencionar o nome do preso ou da organização PCC. Ele afirmou que é uma decisão da Polícia Federal: “Os dados já estão circulando e, creio, que é de conhecimento de todos. Mas eu não vou aqui exaltar nem o nome de pessoa e muito menos de organização criminosa”.

PCC

Estabelecido em 1993 na cidade de Taubaté, a 130 km de São Paulo, o PCC é atualmente a maior organização criminosa do país. De acordo com o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, o grupo conta com até 40 mil integrantes e fatura aproximadamente R$ 6 bilhões anualmente.

Apesar das detenções de líderes do PC do P, como Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, a facção seguiu expandindo sua influência dentro e fora de estabelecimentos prisionais.

O Primeiro Comando de Capital é financiado primordialmente pelo tráfico de drogas, porém roubos de cargas, assaltos a bancos e sequestros também contribuem para o financiamento da organização. Estima-se que em São Paulo, aproximadamente 10.000 indivíduos estejam presentes em 90% das penitenciárias.

Adicionalmente, pesquisadores estimam que nações vizinhas do Brasil, incluindo Bolívia, Paraguai e Colômbia, possuam ramificações do Primeiro Comando da Capital em seus respectivos cenários criminais, controlando vias de tráfico de drogas. Essas ramificações operam com base em normas, realizam pagamentos periódicos e cumprem as instruções de lideranças, mantendo uma organização que se assemelha a uma corporação.

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Fonte: Poder 360

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