A PF afirma que o Comando Vermelho decretou um cessar-fogo em atividades criminosas durante o G20 no Rio

Comunicados indicam que o chefe da organização criminosa ordenou a interrupção de “conflitos armados e assaltos” em reunião com seus assessores.

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(Imagem de reprodução da internet).

A liderança do CV (Comando Vermelho) decidiu suspender temporariamente as ações criminosas no Rio de Janeiro durante a cúpula do G20, em fevereiro de 2024. As informações foram inicialmente divulgadas pelo jornal O Globo.

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A ordem foi comunicada por Arnaldo da Silva Dias, também chamado Naldinho, membro do Conselho Permanente da facção. Em 22 de fevereiro, ele encaminhou comunicado instruindo os integrantes a “manterem 7 dias sem guerras e roubos”, após contato de um suposto “representante das autoridades”.

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A Polícia Federal constatou a ordem em mensagens interceptadas com autorização judicial. O anúncio foi feito durante os encontros de ministros das Relações Exteriores do G20 na Marina da Glória.

Um representante das autoridades no Rio contactou o irmão que faz sintonia e solicitou que nos segurássemos sete dias sem guerras e roubos devido ao G20 (são representantes de 20 países diferentes). Para evitar isolamentos de irmãos que venham a ter ligação com determinada área. Todos estamos de acordo em segurar estes sete dias porque se manifestaram respeito por nós no diá.

A investigação não identificou qual autoridade teria estabelecido o contato com o grupo. Em 6 de março, Naldinho reforçou a proibição em novo comunicado: “Irmãos das comunidades CV, venham se atentar em suas responsabilidades, pois os roubos de carros e motos ainda continuam proibidos pela facção. Não vamos aturar mais desculpas”.

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Aliança entre CV e ADA

Em março de 2025, o Comando Vermelho formalizou aliança com a facção ADA (Amigos dos Amigos), pondo fim a um histórico de confrontos. De acordo com a PF, mensagens interceptadas indicam que o acordo foi precedido por aproximações iniciadas em fevereiro daquele ano.

Em 25, Naldinho declarou que o CV encontrava “uma sintonia de respeito, com grau de companheiro e futuramente até amizade com os companheiros do ADA em todo o território do Rio”. O acordo foi formalizado em 4 de março.

Moradores de ambas as comunidades poderão transitar com livre circulação em qualquer uma das áreas da ADA ou CV, sem restrições. Não será permitido o trânsito de indivíduos que estejam sob custódia da justiça ou em liberdade, que desejem sair de uma facção e ingressar em outra. Os territórios pertencentes à facção (aqueles ocupados no momento) serão respeitados, e questões do passado serão deixadas de lado.

Fonte: Poder 360

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