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A PF está investigando a extração ilegal de ouro; estima-se que os esquemas possivelmente movimentaram mais de R$ 12 bilhões.


A PF está investigando a extração ilegal de ouro; estima-se que os esquemas possivelmente movimentaram mais de R$ 12 bilhões.
(Foto Reprodução da Internet)

Na manhã desta quarta-feira (20), cinco mandados de prisão e 61 de busca e apreensão contra investigados por extração ilegal de ouro estão sendo cumpridos pela Polícia Federal (PF).

Operações simultâneas estão ocorrendo em Roraima, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. São três deles.

Eldorado

O objetivo de uma das operações, nomeada Eldorado, é prender indivíduos suspeitos de estar à frente do contrabando e comercialização de ouro extraído de garimpos ilegais. Acredita-se que essa única gangue movimentou cerca de R$ 6 bilhões nos passados anos.

2 mandados de prisão e 40 mandados de busca e apreensão estão em vigência.

O esquema seria acerca do contrabando de ouro venezuelano, que seria introduzido clandestinamente no Brasil como quitação de despesas pela exportação de alimentos através de mercados de Roraima e do Amazonas.

O ouro contrabandeado ingressava no Brasil sem o pagamento de tributos, pois era escondido em caminhões pelas transportadoras contratadas, de acordo com as investigações.

O minério seria adquirido posteriormente por outros membros do esquema e enviado para empresas no setor de exploração de minério aurífero, que eram responsáveis por realizar pagamento aos supermercados e distribuidoras de alimentos.

Os principais investigados desse esquema têm envolvimento com a exploração clandestina do minério em Terras Indígenas Yanomami e em garimpos em outros estados, de acordo com o inquérito.

A indisponibilidade de ativos financeiros, veículos e aeronaves dos investigados também foi determinada pela Justiça, além dos mandados de prisão e buscas.

Europa para ouro

A operação de número dois, que recebeu o nome de Emboabas, descobriu evidências de que ouro era contrabandeado do Brasil em direção à Europa.

Estão sendo executados 16 mandados de busca e 2 mandados de prisão preventiva, ao mesmo tempo que o bloqueio de bens supera R$ 5,7 bilhões.

Indícios de contrabando de ouro para a Europa foram identificados pela PF após a detenção de uma pessoa em flagrante que transportava 35 kg de ouro. A intenção era entregar o ouro a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova York.

A pesquisa indicou que o principal foco conduz o aquecimento do ouro através de um indivíduo austríaco que se tornou brasileiro e alega possuir mais de R$ 20 bilhões em barras de ouro em um suposto estado independente estabelecido pelo próprio suspeito.

A pesquisa mostrou que a entidade criminosa compra ouro de terras indígenas e rio usando dragas, e declara, através de uma manipulação, que o ouro foi obtido em permissões de lavra garimpeira (PLG) validamente formadas.

Falsos documentos

A “Operação Lupi”, orquestrada pela PF de Tocantins, está executando cinco ordens de busca e apreensão além de um mandado de reclusão preventiva.

O inquérito revelou que a Polícia Federal identificou um grupo que teria um padrão de conduta que incluía atividades ilegais como: retirada de minério em zonas restritas, fraude documental, branqueamento de capitais e os subsequentes transporte, venda e envio ao exterior do ouro ilegal.

A hipótese de que o ouro retirado ilegalmente de reservas indígenas e unidades de conservação federal estava sendo “esquentado” com documentos falsificados está sendo investigada pela polícia. O grupo declarava origem diferente do real nos documentos, dando a entender que o metal havia sido extraído de uma área autorizada.

Hoje, com as medidas judiciais implementadas, a Polícia Federal visa identificar os principais participantes na exportação ilegal de ouro, demais membros da organização criminosa, recuperar fundos financeiros e impedir a continuidade das ações do grupo.

Balanço


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