A PF inova operação contra possíveis fraudes de grande monta na Secretaria de Educação do Mato Grosso do Sul
A investigação aponta que o esquema fraudulento contava com a participação de funcionários da área e empresários, resultando em um desvio de mais de R$ 20 milhões.

A Polícia Federal iniciou, na quarta-feira 21, uma operação que investiga possíveis desvios de recursos federais em contratos da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul. Os valores suspeitos de irregularidade ultrapassam 20 milhões, conforme a apuração.
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Na manhã de hoje, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro. A operação, denominada Vox Veritatis, conta com o apoio da Controladoria-Geral da União e da Receita Federal.
Empresários, com a colaboração de funcionários públicos da Secretaria de Educação, manipularam processos licitatórios ao se registrarem incorretamente em atas de preços de outros órgãos públicos. Essa prática, além de contornar a competição, ocasionava a aquisição de serviços e materiais a custos superiores.
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A Polícia Federal, em nota, informou que foi constatado que fornecedores com atas registradas nesses órgãos obtinham a garantia de contratação junto à SED/MS e, em contrapartida, pagavam uma comissão de 5% sobre o valor contratado aos empresários responsáveis pela intermediação. Parte dessas comissões era repassada aos servidores envolvidos. Ainda de acordo com os agentes, somente dois contratos investigados ultrapassam os 20 milhões.
Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações e contratos administrativos.
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O governo de Eduardo Riedel (PSDB) declarou que acompanha a operação e colabora com as investigações. “Até o momento, a SED, tampouco servidores ativos, foram alvo das buscas. As providências legais cabíveis serão tomadas tão tenhamos acesso e/ou haja andamento no processo. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e lisura na gestão pública, e reforçamos os instrumentos de controle e combate às ilicitudes”, registrou o tucano no comunicado.
Fonte: Carta Capital