Nesta terça-feira, 24 de outubro, as forças de segurança do Rio de Janeiro estão realizando uma ampla operação na Zona Oeste em busca do miliciano conhecido como Zinho, cujo nome completo é Luís Antônio da Silva Braga. Essa operação foi desencadeada após uma série de ataques que resultou no incêndio de 35 ônibus na Zona Oeste na segunda-feira, 23 de outubro.
O objetivo das ações conjuntas das polícias Civil e Militar é também evitar que mais ônibus sejam incendiados e garantir que a população possa sair de casa para trabalhar.
Os ataques ocorreram como resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, de 25 anos, conhecido como Faustão. Ele era sobrinho de Zinho e, segundo as investigações, ocupava a segunda posição na hierarquia da milícia que atua na Zona Oeste.
Os policiais estão patrulhando as ruas dos bairros de Santa Cruz, Guaratiba e Campo Grande.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, nos últimos três meses, Zinho vinha estabelecendo conexões mais estreitas entre a milícia e a maior facção de tráfico de drogas do estado, o Comando Vermelho (CV).
Após a morte de Faustão, criminosos incendiaram pelo menos 35 ônibus e um vagão da Supervia na tarde de terça-feira.
Com o registro de 35 ônibus incendiados em um único dia, os danos financeiros causados apenas aos veículos ultrapassam os R$ 35 milhões.
Esses veículos foram colocados em vias importantes, incluindo o fechamento da Avenida Brasil. Os bairros afetados incluem Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho.
Na segunda-feira, às 18h40, o município entrou em estágio de atenção, que é o terceiro nível em uma escala de cinco. Isso significa que uma ou mais ocorrências já estavam impactando a cidade, afetando a rotina de parte da população. Por volta desse horário, a cidade enfrentava 58 km de congestionamentos, o dobro da média de 29 km das três segundas-feiras anteriores.
Pelo menos 45 escolas municipais foram afetadas, afetando 17.251 alunos. Em algumas delas, alunos e professores que estavam nas escolas permaneceram no local para garantir sua segurança.