A Polícia Federal realiza novas buscas e apreende veículos de luxo de um indivíduo conhecido como “careca do INSS”
Antonio Carlos Camilo Antunes é considerado o operador do esquema de descontos bilionários em aposentadorias e pensões.

A Polícia Federal realizou na terça-feira (20) uma nova operação de busca e apreensão, denominada “Sem Desconto”, com o objetivo de apreender veículos relacionados a Antonio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como “Careca do INSS”. Foram apreendidos seis automóveis, encontrados em uma garagem de um prédio situado no Setor Bancário Norte, em Brasília.
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Antunes é apontado pela investigação como operador do esquema de descontos bilionários ilegais em aposentadorias e pensões, que pode atingir R$ 6,3 bilhões em cinco anos.
A apreensão é para análise, uma vez que os investigadores buscam determinar se os veículos foram adquiridos com recursos provenientes do esquema e se houve ocultação de ativos.
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A PF, em razão de parcerias com 22 empresas, aponta que Antônio Carlos teria servido como canal para o direcionamento dos valores desviados do INSS.
O relatório da Polícia Federal aponta, em destaque, o patrimônio que o “Careca do INSS” amealhou durante o período em que as fraudes foram detectadas. Além de imóveis, a polícia observou a quantidade e os valores dos veículos sob a propriedade ou nome de terceiros, sob a posse de Antônio Carlos.
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Confira a lista de automóveis citados pela Polícia Federal na investigação:
Renda e negócios ilícitos.
O indivíduo, apelidado de “careca do INSS”, afirma ser gerente, com uma renda mensal de R$ 24.458,23 e um patrimônio estimado entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.
A Polícia Federal aponta que as transações efetuadas por Antônio Carlos são incongruentes e significativamente acima de sua renda declarada. O relatório indica que, entre os dias 22 de abril de 2024 e 16 de julho de 2024 (período de menos de três meses), o indivíduo acumulou um patrimônio imobilizado no valor de R$ 14,3 milhões.
A Polícia Federal alega que, em total, pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao “careca do INSS” receberam R$ 53,5 milhões diretamente das entidades associativas ou por meio de suas empresas.
A CNN solicitou a defesa do investigado e espera por sua manifestação. Na primeira fase da operação, alegou inexistência de irregularidades.
Fonte: CNN Brasil