A polícia identificou alguns dos alunos que fabricaram fotos íntimas de colegas
A Polícia Civil iniciou investigação contra alunos de escola na Barra da Tijuca que usaram IA para fazer os falsos nudes de meninas

A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que alguns estudantes, com idades entre 12 e 15 anos, estão usando inteligência artificial para criar e compartilhar fotos falsas de colegas sem roupa nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Essas imagens foram enviadas para grupos onde pelo menos 20 meninas foram expostas e existe a possibilidade de mais meninas terem sido afetadas.
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Quando os pais das alunas souberam do caso, eles relataram para a 16ª DP (Barra da Tijuca) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e as investigações começaram. A polícia já tem parte das identidades dos adolescentes do Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca e mais pessoas serão ouvidas na segunda-feira (6/11). As informações foram divulgadas pelo Estadão.
A equipe escolar será convocada para dar algumas informações. Como são menores de 18 anos, os detalhes da investigação não podem ser compartilhados.
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Alunos do 7º ao 9º ano do Colégio Santo Agostinho, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, podem ser responsabilizados se estiverem envolvidos em atividades relacionadas à criação ou participação em imagens explícitas ou pornográficas que envolvam crianças ou adolescentes. Isso inclui adulterar, editar ou modificar fotos, vídeos ou qualquer outra forma de representação visual.
A direção da escola enviou uma mensagem aos pais dos alunos, expressando que considerou o acontecimento triste e que tomará medidas disciplinares.
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O advogado especializado em direito do consumidor, Gabriel de Britto Silva, analisa que, embora a investigação criminal já esteja em andamento, no âmbito cível quanto aos danos morais sofrido pelas alunas, respondem civilmente tanto os pais dos alunos, que praticaram a conduta injuriosa, quanto a escola em si.
“Esta escola cristã, considerada uma referência na sociedade do Rio de Janeiro, oferece um serviço educacional. Além de ensinar sobre a vida real, também tem a missão de transmitir princípios e valores aos estudantes virtualmente. Infelizmente, nesse aspecto, houve uma falha evidente.”
Edição e fotos falsas
Caso parecido, mas sem envolver menores de 18 anos, ocorreu recentemente com a atriz Isis Valverde. Ela teve diversos nudes atribuídos a ela vazados no fim de outubro. As fotos íntimas, porém, eram falsas. Segundo Fábia Oliveira, colunista do Metrópoles, criminosos usaram aplicativos de edição para modificar imagens em que a atriz aparece de biquíni, excluindo as peças de roupa e atribuindo os supostos nudes a ela.
A atriz comentou, por meio da assessoria de imprensa, que o escritório de advocacia que a representa foi acionado para que a questão seja resolvida.
“A atriz expressa sua total repulsa pelas imagens falsas, criadas digitalmente com montagens artificiais. Ela alerta para a gravidade desse assunto, já que reproduzir esse conteúdo é ilegal. Além disso, a atriz registrou uma ocorrência na Delegacia de Crimes de Informática para responsabilizar os provedores de internet que compartilharam essas imagens fraudulentas. Por fim, é importante destacar que essa manipulação é completamente inventada, por isso, a atriz não dará mais declarações sobre o assunto.”
Foram compartilhadas pelo menos três imagens alteradas. Essas imagens, que mostravam a atriz vestindo roupas em fotos postadas por ela mesma em suas redes sociais, foram modificadas digitalmente para que Isis aparecesse com os seios ou até mesmo todo o corpo exposto.