A polícia investiga os shows do festival Glastonbury após um coro anti-Israel

Autoridades informaram que vão analisar “comentários feitos no palco” em busca de possíveis ofensas à ordem pública, após a análise de imagens de vídeo …

30/06/2025 16h16

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(Imagem de reprodução da internet).

A polícia do Reino Unido iniciou, nesta segunda-feira (30), uma investigação criminal sobre as apresentações da dupla Bob Vylan e do trio de rap irlandês Kneecap no festival de música de Glastonbury, após eles terem liderado gritos contra os militares israelenses e o primeiro-ministro Keir Starmer.

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A polícia está investigando “comentários feitos no palco” por ambos os grupos por possíveis ofensas à ordem pública após analisar imagens de vídeo e áudio de suas apresentações, disse a força policial regional de Avon e Somerset.

A apresentação de Vylan contou com um coro no palco durante a música “morte, morte às FDI”, uma alusão às Forças de Defesa de Israel lutando em Gaza, enquanto o Kneecap liderou gritos contra o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e condenou Israel diante de uma grande multidão.

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O comunicado da polícia informou que o ocorrido foi registrado como um incidente de ordem pública, e as investigações estão em fase inicial. A investigação será baseada em evidências e considerará cuidadosamente toda a legislação aplicável, incluindo a relativa a crimes de ódio.

Anteteriormente, a BBC declarou que lamentava não ter interrompido a transmissão ao vivo do show de Bob Vylan em Glastonbury, no sudeste da Inglaterra, após um integrante da dupla de punk-rap liderar o que a emissora classificou como gritos antissemitas contra militares de Israel.

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O espetáculo de sábado também apresentou uma declaração no palco: “Do rio ao mar, a Palestina deve ser, será, inshallah, será livre”.

Essa frase é bastante controversa, frequentemente interpretada como um apelo à destruição de Israel e uma negação de seu direito de existir, embora muitos palestinos discordem disso.

A decisão da emissora pública britânica de manter a transmissão ao vivo foi criticada por Starmer, e o regulador de mídia Ofcom afirmou que a BBC tem questões a responder.

A BBC, responsável pela transmissão anual do festival, exibiu um alerta na tela devido a “linguagem forte e discriminatória” durante a transmissão online, mas afirmou na segunda-feira que a medida deveria ter sido mais abrangente.

A Embaixada de Israel em Londres também condenou o incidente, enquanto Starmer exigiu respostas da BBC sobre “como essas cenas foram transmitidas”.

O artista declarou: “Eu disse o que eu disse”.

O vocalista da dupla de rap, conhecido artisticamente como Bobby Vylan, escreveu no Instagram: “Eu disse o que eu disse”, acrescentando que recebeu muitas mensagens de apoio e ódio.

Ensinar nossos filhos a defender as mudanças que desejam e precisam é a única forma de tornar este mundo um lugar melhor, disse ele na publicação, aparentemente em referência ao incidente.

Bob Vylan, conhecido por sua mistura de grime e punk rock, já se manifestou abertamente sobre seu apoio aos palestinos no passado. Suas músicas abordam uma série de questões, incluindo racismo, homofobia e a divisão de classes.

As declarações políticas de músicos em shows têm recebido atenção desde que um integrante do grupo Kneecap foi acusado, no mês passado, de terrorismo por supostamente exibir uma bandeira do Hezbollah, organização apoiada pelo Irã e considerada terrorista no Reino Unido. Ele nega a acusação.

Israel negou repetidamente ter cometido abusos em sua guerra na Faixa de Gaza, que começou quando o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro de 2023, resultando na morte de quase 1.200 pessoas, a maioria civis, e na captura de outras 251 como reféns para Gaza.

Israel lançou uma campanha militar que já causou a morte de mais de 56 mil palestinos, a maioria civis, de acordo com autoridades de saúde locais em Gaza.

Fonte por: CNN Brasil

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