A prática diária de mais de 7 mil passos está associada à redução do risco de depressão, segundo um estudo

Estudo revela ligação entre maior número de passos e diminuição de sintomas; exercício físico diminui o hormônio do estresse e melhora o humor.

30/04/2025 14h33

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

É comprovado que a prática de atividades físicas reduz os sintomas de depressão, e que quanto maior a caminhada, melhores os resultados. Um estudo recente, publicado na revista The Lancet, indica que um número de passos diário superior a 7 mil diminui o risco de desenvolver a doença em 31%.

A pesquisa indica uma relação significativa entre o número diário de passos e a redução dos sintomas depressivos, bem como a diminuição do risco de desenvolver a doença. Os ganhos mais expressivos foram identificados em indivíduos que realizam mais de 7 mil passos diariamente; para cada mil passos extras, o risco diminui em 9%. Caminhar menos de 5 mil passos diários apresentou benefícios menores.

A relação entre atividade física e menor incidência de sintomas depressivos é bem documentada na literatura médica, indicando que se faz necessário mais do que uma simples caminhada. Este estudo apresenta a novidade de associar essa relação à quantidade de passos, em vez do tipo de atividade física.

Pesquisadores da Universidade de Castilla-La Mancha, na Espanha, e de outras instituições, analisaram 33 estudos observacionais envolvendo mais de 96 mil adultos com idades entre 18 e 91 anos.

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Os especialistas indicam que esses benefícios estão relacionados a alterações fisiológicas e psicológicas. A prática física eleva os níveis de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, que promovem o bem-estar, e diminui os índices de cortisol, o hormônio do estresse. “Ademais, a prática regular de exercícios pode aprimorar a qualidade do sono, e uma boa noite de descanso auxilia na restauração do equilíbrio emocional e na capacidade de enfrentar o estresse”, afirma Kanomata.

A prática regular de exercícios físicos pode elevar a autoestima, proporcionando uma sensação de realização e bem-estar, além de estimular a interação social, um fator que ajuda a prevenir a depressão.

A abordagem de passos diários pode aprimorar a comunicação, a adesão, o feedback, a prescrição e o automonitoramento em relação aos níveis de atividade física. Assim, definir metas para o número de passos diários pode ser uma estratégia de saúde pública promissora e inclusiva para prevenir a depressão, segundo o especialista.

É possível iniciar aos poucos: segundo os autores, sair do sedentarismo já é um passo importante para evitar a depressão. Mesmo pequenas quantidades podem ser relevantes, principalmente para aqueles com limitações no dia a dia.

Além disso, atividades como as aeróbicas, de força e práticas mente-corpo, como tai chi chuan ou ioga, também estão associadas a uma redução dos sintomas depressivos.

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Fonte: Metrópoles

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