A procura pelo processo de 2nm da TSMC excede significativamente as previsões e já excede os 3nm
Apple, NVIDIA, AMD e outras grandes empresas asseguraram seus pedidos; a produção inicial não deverá suprir a demanda total do mercado.

A TSMC está prestes a inaugurar um novo capítulo na disputa pela miniaturização e eficiência nos semicondutores. O processo de fabricação em 2 nanômetros (N2), que ainda não entrou oficialmente em produção em larga escala, já acumula uma demanda considerada “sem precedentes”, superando até mesmo o popular nó de 3nm da empresa taiwanesa.
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A TSMC deve triplicar a produção de chips 2nm até 2027, impulsionada por transistores GAAFET e chips com até 15% mais rápidos, em resposta à crescente demanda global.
Apple, AMD e NVIDIA na vanguarda.
De acordo com informações do jornal Ctee, o volume de pedidos para o lote 2nm já é superior ao registrado em gerações anteriores na mesma fase de pré-produção. Entre os principais clientes estão nomes de destaque como Apple, NVIDIA, AMD, Qualcomm e MediaTek.
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A Apple, maior consumidora da nova tecnologia até o momento, deverá utilizar os chips de 2nm na futura linha de iPhones 18.
A NVIDIA planeja utilizar a litografia N2 em sua nova arquitetura Vera Rubin, enquanto a AMD anuncia que seus processadores Zen 6 Venice serão fabricados com o novo processo.
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Tecnologia inovadora, novo nível.
A mudança no N2 não se limita aos números. A TSMC adotará transistores do tipo GAAFET (Gate-All-Around Field-Effect Transistors), com estrutura em nanosheet – uma alteração tecnológica relevante em comparação com o modelo FinFET utilizado até os 3nm.
Essa tecnologia possibilita lucros reais: os chips podem ser ajustados para melhor desempenho ou menor gasto de energia, conforme a utilização.
Em testes preliminares, os chips de 2nm apresentaram um aumento de 10% a 15% na velocidade em comparação com o nó N3E, mantendo taxas de defeito semelhantes às dos nós maduros de 3nm e 5nm.
Produção ainda limitada e expansão futura.
Apesar do interesse do mercado já estar estabelecido, a produção inicial é limitada. Espera-se que a TSMC fabrique aproximadamente 50 mil wafers de 2nm até o final de 2025. Contudo, a empresa pretende triplicar essa quantidade até 2027, com expansão nas unidades de fabricação em Taiwan.
Adicionalmente, existem planos para iniciar a fabricação do N2 nos Estados Unidos, especificamente na unidade do Arizona, a partir de 2028 – estratégia que busca descentralizar a produção e atender à crescente demanda do oeste.
Mesmo antes da produção em larga escala, a demanda pelo nó de 2nm já ultrapassa a capacidade inicial da TSMC, indicando uma nova fase de competição entre grandes empresas de tecnologia.
Chip mais caro em 2026.
Diante do avanço de diversos fabricantes de chips, especialistas preveem que empresas como Apple, MediaTek e Qualcomm poderão elevar os preços de seus chipsets ainda no próximo ano. A união entre a crescente demanda, os custos de desenvolvimento e a oferta restrita nas primeiras etapas deverá impactar os valores praticados no mercado.
A TSMC segue sua trajetória como referência absoluta na indústria de semicondutores, preparando-se para um novo “boom” tecnológico, semelhante à famosa corrida do ouro, neste caso, no mundo dos nanômetros.
A Intel garante retornar a uma fase de maior sucesso com tecnologias igualmente promissoras. Apesar do possível aumento nos preços, a competição poderá ser positiva para o mercado.
Fonte: Ctee
Taiwan avança com lei para impedir a transferência de tecnologias avançadas da TSMC para outros países.
Fonte: Adrenaline