A produção nacional de grãos na safra 2024/25 aponta para um volume recorde de 345,23 milhões de toneladas

A previsão para a safra de milho aponta para uma colheita de 137,01 milhões de toneladas, a maior da história, conforme dados da Conab.

14/08/2025 11h58

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PR - COLHEITA/INÍCIO - ECONOMIA - Produtores rurais aproveitaram o tempo ensolarado para começar a colheita de soja em Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do Paraná. Na foto, produtor rural semeia grãos de milho com trator. 25/01/2025 - Foto: DIRCEU PORTUGAL/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 deverá atingir 345,23 milhões de toneladas, estabelecendo um novo recorde na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), superior à safra 2022/23 (320,91 milhões de toneladas). Em relação à safra passada 2023/24, o resultado representa um aumento de 16%, correspondente a 47,7 milhões de toneladas, e também um crescimento de 1,6% (5,59 milhões de t) em comparação com a estimativa anterior, divulgada no mês passado. Os dados constam do 11º Levantamento da Safra de Grãos, apresentado nesta quinta-feira (14) pela Conab. A estatal aponta que o incremento é resultado da expansão da área cultivada no país (2,5% ou 81,9 milhões de hectares) e, sobretudo, da recuperação da produtividade média nacional das lavouras, que passou de 3.722 quilos por hectare em 2023/24 para 4.214 quilos por hectare na temporada 2024/25.

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A Conab esclareceu que a produtividade recorde do milho e da soja favorecem o resultado positivo previsto, que somam cerca de 43,4 milhões de toneladas, com aproximadamente 21,5 milhões de toneladas de crescimento no milho e cerca de 21,9 milhões de toneladas de aumento na soja.

No caso do milho, estima-se uma colheita total de cerca de 137,01 milhões de toneladas, a maior já registrada na série histórica da Companhia, com aumento de 18,6% em relação ao ano anterior (115,50 milhões de t). A segunda safra do grão deve render 109,57 milhões de toneladas, um aumento de 21,7% em comparação com 2023/24 (90,06 milhões de t.), conforme a Conab. A colheita da segunda safra de milho já alcançou 83,7% da área cultivada, conforme aponta o Progresso de Safra, aproximando-se da média dos últimos anos, que foi de 84,3%. Em Mato Grosso, principal estado produtor do cereal, a colheita segue em direção à conclusão com uma produção estimada de 53,55 milhões de toneladas, o que representa 49% da produção total de milho da segunda safra no país.

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A produção de soja é estimada em 169,66 milhões de toneladas, 14,8% superior à da safra 2023/24 (147,74 milhões de t). Os investimentos dos produtores na cultura, com base na oferta de crédito via Plano Safra, juntamente com as boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras, justificam a produção recorde da oleaginosa no país, afirmou a Conab.

No caso do algodão, como segunda safra importante, aponta para um novo recorde na produção, com 3,93 milhões de toneladas de pluma, um aumento de 6,3% em relação à safra 2023/24 (3,70 milhões de t). A produtividade média das lavouras e o ganho de 7,3% na área semeada da cultura influenciam o crescimento de 6,3% na atual safra da fibra. A Conab ressaltou que a colheita continua em ritmo mais lento que a média dos últimos 5 anos, atingindo 39% da área. “As chuvas e o frio fora de época nos meses de junho e julho, retardaram o processo de maturação, alterando o ciclo de desenvolvimento da cultura. A expectativa é que ao longo do mês de agosto os produtores compensem o ritmo convergindo, em setembro, para os índices das médias históricas para o período”, relatou.

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A Conab também projeta uma produção expressiva de arroz, com uma colheita de 12,32 milhões de toneladas, que representa um aumento de aproximadamente 1,7 milhão de toneladas em comparação com a safra anterior, ou 16,5%. “Esse crescimento é resultado da expansão de 8,8% na área semeada e das condições climáticas favoráveis, notadamente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor”, declarou a Conab.

A Conab estima uma queda de 3,5% na produção de feijão em relação ao ciclo anterior, totalizando 3,09 milhões de toneladas nas três safras, contra 3,20 milhões de toneladas em 2023/24. “No segundo ciclo da leguminosa, as condições climáticas desfavoráveis registradas no Paraná, um dos principais estados produtores, afetaram a qualidade do grão, bem como o rendimento das lavouras. Para a terceira safra de feijão também é esperada uma redução na colheita”, explicou a Conab.

Entre as culturas de inverno, o trigo se destaca. Apesar de uma projeção de queda de 16,7% na área semeada, estimada em 2,55 milhões de hectares, a Conab espera uma produção próxima à estabilidade, podendo atingir 7,81 milhões de toneladas, com uma leve queda de 1% em relação a 2024 (7,89 milhões de t). “As condições climáticas, até agora, são melhores que as ocorridas na safra anterior, o que justifica um volume colhido semelhante ao registrado em 2024”, concluiu.

Fonte por: Jovem Pan

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