A questão central do governo não reside na comunicação, mas a polarização impede o planejamento, afirma o ex-ministro Paulo Pimenta
Para o ex-ministro da Comunicação, questões estruturais que impactam a gestão do governo.

Paulo Pimenta (PT-RS), que deixou, a cinco meses, o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação, atribui à polarização política a dificuldade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em recuperar popularidade. Em entrevista ao ‘O GLOBO’, ele disse que a questão central não reside na comunicação, mas em problemas estruturais que afetam a administração. “O problema do governo não era e não é a comunicação. Esse sempre é um atalho para não mergulhar e procurar resolver, de fato, questões estruturais e necessárias neste e em qualquer governo”, disse. “Eu tenho uma relação muito franca e leal com o presidente. Eu sempre o deixei muito à vontade. E quando eu conversei com o presidente, antes da minha saída, eu disse para ele: ‘presidente, eu não sou um marqueteiro, o senhor trabalhou com o João Santana, trabalhou com o Duda Mendonça, porque se a busca é de um perfil publicitário no mercado, um marqueteiro, essa pessoa não sou eu’”, acrescentou.
O ex-ministro enfatiza que a comunicação do governo não deve ser vista como uma responsabilidade exclusiva da Secom. Ele argumenta que a polarização política tem dificultado a aprovação de medidas e que é fundamental um planejamento que antecipe crises, além de uma narrativa sólida para sustentar a imagem do governo. “O que dificulta o índice de aprovação do governo não é a falta de políticas públicas, é o ambiente de polarização que o país vive.”
Também, frequentemente, vi meu planejamento totalmente comprometido por ser inesperado. Quando o governo decidiu taxar a importação até US$ 50 (a taxa das blusinhas), não estava previsto enfrentar aquela situação. Quando vejo o Sidônio se deparar com o PIX, o IOF, o INSS, nada disso estava em seu planejamento. Adicionou. Pimenta também se refere à sua saída da Secom, afirmando que a comunicação não foi o motivo de sua saída e que sua lealdade a Lula permanece inalterada. Ele critica a visão de que a comunicação é a única responsável pela percepção pública do governo, destacando que a Secom enfrentou desafios em licitações, o que reflete a complexidade do cenário político.
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Reportagem produzida com auxílio de IA.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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