A redução da dependência comercial dos EUA tornou-se uma estratégia de proteção por meio de tarifas elevadas, segundo Galípolo

O chefe do Banco Central não descarta a realização de novas alterações nas taxas de juros caso as tarifas exerçam pressão sobre a inflação, seja devido …

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(Imagem de reprodução da internet).

Em um evento ocorrido na última segunda-feira (11) em São Paulo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, abordou a proteção do Brasil contra tarifas impostas pelos Estados Unidos. Na Associação Comercial de São Paulo, Galípolo reiterou o compromisso da instituição com a meta de inflação e a defesa da moeda. Ele ressaltou que as recentes decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) buscam manter os preços sob controle em um cenário de incertezas tanto no Brasil quanto no exterior.

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Galípolo comparou o papel do Banco Central ao de um zagueiro, enfatizando a importância de afastar riscos econômicos, mesmo que isso afete a comunicação.

Com o anúncio de uma tarifação, aquilo que era considerado uma desvantagem passou a ser visto como uma proteção. Como o Brasil provavelmente vai depender menos dos Estados Unidos, ou depende menos dos Estados Unidos, num processo de tarifação o Brasil “vai se machucar menos” do ponto de vista comercial, que foi visto com bons olhos pelo mercado.

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O presidente do Banco Central justificou que a interrupção do ciclo de aumentos da taxa Selic, que se mantém em 15% ao ano, foi uma decisão estratégica. Ele afirmou que essa taxa é suficientemente restritiva para controlar a inflação, mas poderá permanecer elevada se as expectativas não se ajustarem à meta.

Galípolo também avaliou que o Brasil tende a ser menos afetado pela nova tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, em comparação com outros países. Ele atribuiu essa resiliência à diversificação da pauta comercial brasileira nos últimos anos, que deve minimizar os efeitos adversos da medida.

O Banco Central não descartou revisões nas taxas de juros se a inflação for pressionada, citando possíveis impactos na oferta e queda temporária dos preços internos, desvalorização do real e efeitos negativos no PIB e no emprego.

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Além disso, defendeu a manutenção do Pix gratuito e sob gestão pública, ressaltando que o sistema já inclui 60 milhões de pessoas nos pagamentos eletrônicos. Ele mencionou inovações como o Pix por aproximação e o Pix parcelado, que será liberado em breve. O sistema de pagamentos é alvo de investigação nos Estados Unidos por suposta violação de práticas concorrenciais.

Por fim, o presidente do Banco Central destacou a importância de uma política econômica sólida e adaptável para enfrentar os desafios globais. Ele enfatizou que, apesar das dificuldades, o Brasil está bem posicionado para lidar com as pressões externas, graças a uma estratégia econômica diversificada e a um sistema financeiro robusto. Galípolo concluiu sua fala destacando a necessidade de continuar inovando e fortalecendo as instituições financeiras do país para garantir a estabilidade econômica a longo prazo.

Com informações de Valéria Luizete.

Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.

Fonte por: Jovem Pan

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