A redução da taxa de juros acalma o mercado financeiro, ao mesmo tempo em que expõe a atuação de Haddad

A interrupção foi em resposta à posição dos agentes do mercado financeiro.

23/05/2025 21h59

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(Imagem de reprodução da internet).

A anulação de uma seção do decreto do IOF reacendeu o debate público e colocou o ministro Fernando Haddad em uma situação delicada, considerando os ataques que enfrenta internamente e externamente.

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O movimento constante gerou um enfraquecimento da imagem do ministro. Na Câmara, a oposição busca ultrapassar a revogação parcial do decreto e intensifica a pressão por uma suspensão completa do aumento das alíquotas do imposto. Essa ação demandaria a aprovação da maioria dos parlamentares, tanto na Câmara quanto no Senado.

O Ministério da Fazenda declara que a decisão foi técnica e, devido ao revés, reduziu em R$ 2 bilhões a estimativa de arrecadação prevista para o aumento das alíquotas do IOF, que seria de R$ 60 bilhões até o final do próximo ano.

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Não há problemas em ajustar a rota, contanto que a direção definida pelo governo para corrigir o cenário fiscal e alcançar as metas para a saúde financeira do Brasil seja mantida, declarou o ministro em coletiva de imprensa em São Paulo, nesta sexta-feira (23), antes da abertura do mercado.

A crise levou a área política do governo a realizar uma reunião de emergência na sede do Palácio do Planalto na noite da última quinta-feira (22) para analisar os efeitos dos anúncios. Participaram do encontro a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o responsável pela Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa.

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Com a revogação, remessas de pessoas físicas para investimentos no exterior seguem com uma alíquota de 1,1%, e não 3,5%, como estava previsto. O principal ruído, contudo, estava na tributação de transferências de ativos no exterior por fundos brasileiros.

A análise do mercado indicava que a cobrança comprometeria todo o setor. Gestores alegavam que a medida não fazia sentido, pois, embora parte do dinheiro fosse investida fora do país, o aporte e a retirada dos valores eram realizados em reais, o que não configuraria uma operação de câmbio.

O mercado comemorou a retração. Contudo, o Ibovespa encerrou quase no mesmo patamar nesta sexta-feira. Contudo, investidores persistiram na avaliação pessimista em relação ao emprego do IOF como instrumento de arrecadação. Idem à posição do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Cicilló argumentou que a solução fora apresentada quando ele era secretário-executivo de Haddad e que, já naquela época, era contrário à medida. Contudo, o presidente do BC exaltou num evento da FGV nesta sexta-feira a velocidade com que o Ministério da Fazenda anunciou a revogação das cobranças.

Fonte: CNN Brasil

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